O crescente avanço dos casos de ferrugem-asiática da soja, doença causada pelo fungo (Phakopsora pachyrhizi), tem preocupado agricultores brasileiros, afinal, a doença pode acometer a soja em qualquer estádio do seu desenvolvimento, causando danos que podem chegar a 90% dependendo da suscetibilidade da cultivar e severidade da doença.
Atualmente, segundo dados do Consórcio Antiferrugem, há relatos da ocorrência de 237 casos da ferrugem-asiática em solo brasileiro.

Os principais estados afetados são o Paraná com 81 casos, Mato Grosso do Sul com 44 casos e Goiás com 37 casos (figura 1). Não menos importante, no Rio Grande do Sul a doença vem manifestando aumento dos casos relatados. Atualmente, estão registrados 11 casos da ferrugem asiática em soja no RS, contemplando os municípios de Arvorezinha (dois casos), Casca, Coxilha, Forquetinha, Ibiraiaras, Muitos Capões, Sananduva, Soledade, Viamão e Vila Maria .

Figura 1. Distribuição dos casos de ferrugem-asiática da soja por UF – Atualização de 20/02/2023.

Fonte: Consórcio Antiferrugem (2023)

Conforme dados do Consórcio Antiferrugem, a grande maioria dos casos tem ocorrido na soja no período reprodutivo da cultura, mais especificamente durante a fase de enchimento de grãos (R5).



O que fazer para reduzir as perdas em função da ferrugem?

Segundo orientações do Comitê de Ação a Resistência a Fungicidas (FRAC-BR), todo o programa de controle da ferrugem deve ser iniciado de forma preventiva a ocorrência da doença. Para isso, deve-se determinar programas de controle, priorizando sempre a rotação de fungicidas com diferentes modos de ação e adequando os programas à época de semeadura. Aplicações sequenciais e de forma curativa devem ser evitadas para diminuir a pressão de seleção de resistência do fungo aos fungicidas (Godoy et al., 2022).

O que aplicar?

A eficiência de diferentes fungicidas no controle da ferrugem-asiática da soja foi avaliada por Godoy e colaboradores (2022) em experimentos em rede. Os experimentos em rede vêm sendo realizados desde a safra 2003/2004 para a comparação da eficiência de fungicidas registrados e em fase de registro para o controle da ferrugem-asiática. Nesses experimentos, os fungicidas são avaliados individualmente, em aplicações sequenciais, em semeaduras tardias, para determinar a eficiência de controle (Godoy et al., 2022).

Clique aqui e confira os fungicidas mais eficientes para o controle da ferrugem-asiática em soja, e os resultados produtivos obtidos nos ensaios. Cliquei aqui e siga acompanhando as atualizações do Consórcio Antiferrugem.



Referências:

CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM: PARCERIA PUBLICO-PROVADA NO COMBATE À FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA. 2023. Disponível em: < http://www.consorcioantiferrugem.net/#/main >, acesso em: 20/02/2023.

FRAC-BR. NOVAS RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA. Comitê de Ação a Resistência a Fungicidas, 2023. Disponível em: < https://www.frac-br.org/soja >, acesso em: 20/02/2023.

GODOY, C. V. et al. EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DA FERRUGEM-ASIÁTICA DA SOJA, Phakopsora pachyrhizi, NA SAFRA 2021/2022: RESULTADOS SUMARIZADOS DOS ENSAIOS COOPERATIVOS. Embrapa, Circular Técnica, n. 187, 2022. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1145904/1/Circ-Tec-187.pdf >, acesso em: 20/02/2023.

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