Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 12/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 12/05
Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,39% ou $ -1,75 cents/bushel a $ 448,00. A cotação para julho, fechou em alta de 0,82% ou $ 3,50 cents/bushel a $ 432,75.
ANÁLISE DO MIX
O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta segunda-feira. Passado o otimismo da pausa/redução da guerra comercial entre EUA e China no começo da sessão, o
milho acabou refletindo o resultado com pontos positivos e negativos do relatório de oferta e demanda do USDA. Se por um lado os estoques de passagem e final da próxima safra foram reduzidos, o USDA começa a preparar o mercado para o maior volume de milho produzindo nos EUA.
A demanda externa e interna é crescente, mas o volume produzido também é. A China também apontou um amento de produção e uma estabilidade na sua demanda pelo cereal em 25/26. Com isso o milho fechou o dia com pequenas baixas e altas nos contrato.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou de forma mista com dados do USDA e dólar
Os principais contratos de milho encerraram o dia de forma mista nesta segunda-feira. As cotações da B3 seguem pressionados pelo iminente começo da colheita do milho safrinha. O mercado ainda segue atento aos dados que a Conab divulgará essa semana sobre a oferta e demanda de maio para o cereal, porém o USDA elevou o volume final da safra nesta segunda-feira. A alta do dólar estimulou uma pequena correção para as cotações 2026 do milho na B3.
O Cepea divulgou nesta segunda que “A colheita de milho da safra de verão avança, enquanto o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras da segunda temporada. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário tem pressionado as cotações do cereal, à medida afasta compradores das aquisições de novos lotes – esses agentes têm expectativa de que o atual movimento de desvalorização do cereal persista. Pesquisadores do Cepea lembram que, até meados de março, as dificuldades logísticas, a retração de vendedores e as preocupações com estoques curtos vinham mantendo os valores em patamares mais elevados e também fizeram com que partes dos compradores – com receio de desabastecimento – aceitasse adquirir o milho a preços maiores. No entanto, desde abril, o cenário mais favorável no campo tem mantido compradores afastados do spot e os preços, em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, neste começo de maio, as desvalorizações externa e do câmbio, que reduzem a paridade de exportação, reforçaram a pressão sobre os valores domésticos.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 12/05
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 63,58 apresentando baixa de R$ -0,59 no dia, baixa de R$ -2,12 na semana; julho/25 fechou a R$ 64,58, baixa de R$ -0,73 no dia, baixa de R$ -2,22 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 67,79, baixa de R$ -0,24 no dia e baixa de R$ -1,51 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
OTIMISMO COM ACORDOS (altista)
Após completar sua quarta semana consecutiva de queda na sexta-feira, o milho terminou o dia em alta em Chicago. O apoio foi fornecido pelo otimismo moderado após a trégua entre os Estados Unidos e a China, visto que aumentou as expectativas para ver se acordos podem ser alcançados com os outros países que negociam com a Casa Branca sobre maneiras de ficarem isentos das tarifas. A esse respeito, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, declarou no programa Sunday Morning Futures da Fox News que “mais acordos comerciais” com outros países podem ser finalizados esta semana.
CORTE NOS ESTOQUES FINAIS DA SAFRA 24/25 (altista)
Também contribuiu para o lado otimista o corte feito hoje pelo USDA em seu relatório mensal sobre o volume de estoques finais de milho dos EUA 2024/2025, de 37,22 para 35,95 milhões de toneladas (resultado do aumento das exportações de 64,77 para 66,04 milhões de toneladas), em comparação com as 36,63 milhões de toneladas estimadas pelos traders. Apesar das abundantes colheitas sul-americanas, a redução de 44 milhões para 43 milhões de toneladas as exportações brasileiras e das exportações argentinas de 36 milhões para 35,50 milhões de pesos foi positiva para o preço das mercadorias.
USDA-PRODUÇÃO RECORDE PARA 25/26 (baixista)
Em relação à safra 2025/2026, o USDA projetou um recorde histórico para os Estados Unidos, com uma colheita de 401,85 milhões de toneladas, o que superaria a maior marca anterior, de 389,67 milhões de toneladas, alcançada na safra 2023/2024, as 377,63 milhões de toneladas da atual campanha e as 401,01 milhões previstas pelos operadores. Apesar disso, a demanda interna de 324,75 milhões de toneladas e as exportações de 67,95 milhões de toneladas deixariam um estoque final de 45,73 milhões de toneladas, volume significativamente inferior aos 51,31 milhões de toneladas previstos por investidores privados, que estimavam uma possível variação entre 45,72 e 57,41 milhões de toneladas.
EUA-CAI DEMANDA DE MILHO PARA ETANOL (baixista)
Um número que levará tempo para ser alcançado: o USDA projetou hoje a demanda de milho da indústria de etanol para 2025/2026 em 139,71 milhões de toneladas, inalterado em relação ao volume necessário na temporada 2024/2025. A questão é que enquanto na safra atual esse número representa 37%, na nova ele cai para 34,77%. Isso indica um esgotamento da capacidade de absorção de milho da indústria de biocombustíveis?
CHINA-SAFRA DE MILHO MAIOR (baixista)
A China projetou hoje sua safra de milho 2025/2026 em 296,13 milhões de toneladas, ligeiramente acima dos 294,92 milhões de toneladas da temporada anterior, e estimou suas
importações em 7 milhões de toneladas, abaixo dos 10 milhões de toneladas estimados hoje pelo USDA; inalterado em relação ao ciclo 2024/2025, mas longe dos 23,41 milhões adquiridos na temporada 2023/2024.
EUA-CLIMA-CHUVAS MODERADAS (baixista)
Em termos de clima, após um fim de semana ideal para o andamento dos trabalhos de campo, espera-se chuva hoje no sul e leste do cinturão da soja/milho, embora não deva ser abundante o suficiente para comprometer a continuidade do plantio.
EUA-EXPORTAÇÕES DENTRO DO ESPERADO (altista)
Em sua inspeção semanal de embarques dos EUA hoje, o USDA relatou embarques de milho totalizando 1.224.087 toneladas, abaixo das 1.616.806 toneladas do relatório anterior, mas dentro da faixa estimada por importadores do setor privado entre 1 e 1,75 milhão de toneladas.
EUA-SITUAÇÃO DO PLANTIO DE MILHO
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, informou que o andamento do plantio nos EUA está em 62% semeado até o dia 11 de maio, ante 40% da semana passada, 47% do ano anterior e 56% da média histórica. As plantas emergindo estão em 28%, ante 11% da semana anterior, 21% do ano passado e 21% da média histórica.
Fonte: T&F Agroeconômica