FECHAMENTOS DO DIA 28/10

Milho:A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,08% ou $ -4,50 cents/bushel a $ 410,75. A cotação para março25, fechou em baixa de -1,11% ou $ -4,75 cents/bushel a $ 424,75.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. Com a redução no ritmo de embarques e o rápido avanço da colheita norte americana, as cotações do cereal começaram a semana em queda, depois de um saldo acumulado positivo na semana anterior.

As inspeções dos embarques para exportação do milho americano caíram 17,73% no comparativo semanal. Além disso o mercado trabalhou com um salto de 15 pontos percentuais para a colheita americana, visto que os 65% de área colhida na semana passada (20/10), equivalem ao total colhido em 27/10/23. Ou seja, os trabalhos de colheita da segunda maior safra americana de milho estão muito adiantados no país.

No entanto, vele ressaltar o nono dia de vendas extras para exportação reportadas pelo USDA, num total de 244 mil toneladas com 2 destinos destintos.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho fecha queda com realização de lucros após valorização de 5,25% da semana passada

Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa nesta segunda-feira (28). Com apenas a cotação de janeiro15 em leve alta, o conjunto geral do milho na B3 fechou em queda, com o mercado realizando parte dos bons lucros obtidos na semana anterior. Movimento semelhante ao visto em Chicago, que também começou a semana em queda de -1,08%.

O Cepea apontou, nesta segunda-feira, o resumo das causas da boa alta da semana passada. “As cotações do milho estão em alta em todas as regiões acompanhadas pelos Cepea, impulsionadas sobretudo pela cautela de vendedores. Esses produtores aproveitam o retorno das chuvas para acelerar a semeadura da safra verão, e, com isso, negociam o cereal no spot nacional apenas quando há necessidade. Por outro lado, pesquisadores do Cepea indicam que consumidores estão ativos no mercado, tentando recompor os estoques, contexto que reforça as valorizações do milho. No campo, a semeadura da safra verão vem avançando na maior parte das regiões, favorecida pelo retorno das chuvas. Levantamento da Conab mostra que, até o dia 20, pouco mais de 32% da área destinada ao cereal para a temporada 2024/25 havia sido semeada no Brasil”. Divulgou o Cepea em seu relatório semanal.

OS FECHAMENTOS DO DIA 28/10

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em preços em baixa no dia: o vencimento de novembro/24 foi de R$ 72,28, apresentando baixa de R$ -0,28 no dia, alta de R$ 2,25 na semana; janeiro/25 fechou a R$ 75,75, alta de R$ 0,11 no dia, alta de R$ 2,90 na semana; o vencimento março/25 fechou a R$ 75,85, baixa de R$ -0,06, no dia e alta de R$ 1,86 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
REDUÇÃO NA PRODUÇÃO NA ARGENTINA

A Argentina deverá produzir 48 milhões de toneladas de milho na temporada 2024/25, disse em relatório a representação do USDA em Buenos Aires. O volume representa queda de 1 milhão de toneladas ante a estimativa anterior e de 2,5 milhões de tem relação à estimativa para 2023/24, de 50,5 milhões de toneladas. A redução se deve à expectativa de área colhida menor, de 6,2 milhões de hectares. Na temporada anterior, a área foi de 7 milhões de ha. O plantio da safra nova está em andamento e há dúvidas sobre a área que será semeada após os danos causados pela cigarrinha-do-milho no ciclo anterior.

CBOT-PETRÓLEO, COLHEITA AMERICANA E PLANTIO SUL AMERICANO

Forte queda do petróleo – cerca de 5,8% –, com implicações na indústria de biocombustíveis como o etanol, fundamental para a procura interna de milho; o avanço acelerado da colheita americana (as empresas privadas esperam que hoje o USDA marque seu avanço em 80% da área prevista), e as melhores condições ambientais para a safra sul-americana após as chuvas que favoreceram a semeadura no Argentina e que tendem a normalizar o ritmo da safra da soja no Brasil, que estava atrasada e que antecede a Safrinha.

FATOR TRUMP PARA O MILHO (baixista)

Tal como no caso da soja, os operadores acompanham de perto o processo eleitoral nos Estados Unidos, dado que uma eventual vitória de Trump poderá complicar – ainda mais – as relações com a China, que hoje é o principal comprador mundial de milho.

EUA-NOVAS VENDAS (altista)

Boa demanda, que continua demonstrando interesse pelos grãos dos Estados Unidos. Neste sentido, nos seus relatórios diários o USDA confirmou hoje duas novas vendas de milho 2024/2025: para o Japão, por 124 mil toneladas e para destinos desconhecidos, por 120 mil toneladas.

EUA-EXPORTAÇÕES DENTRO DO ESPERADO (altista)

No seu relatório semanal sobre os embarques dos Estados Unidos, o USDA reportou hoje embarques de milho de 823.664 toneladas, abaixo das 1.001.162 toneladas do relatório anterior, mas dentro do intervalo estimado pelos operadores, entre 700 mil e 1.400 toneladas.

BRASIL-PLANTIO DE VERÃO DENTRO DO RITMO (baixista)

A consultoria AgRural informou hoje – com dados de quinta-feira – o avanço da primeira semeadura de milho no Brasil em 52% da área estimada para o Centro-Sul, ante 48% na semana anterior e 53% na mesma época. de 2023.

EUA-SITUAÇÃO DA COLHEITA DE MILHO

O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, informou que o andamento da colheita, está em 81%, ante 65% da semana anterior, 68% do ano passado e acima dos 64% da média histórica. O USDA não informa mais a qualidade das lavouras, mas a última atualização indicava o milho em boas ou excelentes condições em 64%, acima dos 53% do ano anterior.

Fonte: T&F Agroeconômica



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