Por T&F Agroeconômica, comentários referentes a 18/12/2024
FECHAMENTOS DO DIA 18/12
Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,35 % ou $ -6,25 cents/bushel a $ 437,50. A cotação para maio, fechou em baixa de -1,33 % ou $ -6,25 cents/bushel a $ 444,00.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. As cotações do cereal foram pressionadas pela acentuada queda nos preços da soja, que pressionou o complexo de grãos de forma geral. Soma-se a isso a grande desvalorização do Real frente ao Dólar essa semana, o que estimula as compras no Brasil.
As demais notícias foram positivas para o milho, o que corrobora a contaminação dos preços da soja. O destaque ficou para a importação de milho pela China, único grão que aumentou de volume no comparativo mensal. A demanda interna do país pelo etanol continua em alta e novas vendas para exportação sendo registradas.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Dólar em altas históricas não é suficiente, e B3 fecha em leves baixas nesta quarta-feira (18)
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa nesta quarta-feira (18). Nem mesmo o dólar atingindo uma máxima de impressionantes R$ 6,27, para fechar a R$ 6,267 (+2,82) foi suficiente para reverter o comportamento técnico de traders, onde somente o vencimento de janeiro/25 fechou com moderados ganhos. Ao início desta quarta-feira, o ministro Fernando Haddad disse acreditar que o câmbio “[…] vai se acomodar”, porém, o mercado não reagiu à desidratação do pacote de ajuste fiscal.
OS FECHAMENTOS DO DIA 18/12
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em baixa no dia: o vencimento de janeiro/25 foi de R$ 74,66 apresentando alta de R$ 0,01 no dia, baixa de R$ 1,72 na semana; março/25 fechou a R$ 73,63, baixa de R$ 0,07 no dia, baixa de R$ 1,81 na semana; o vencimento maio/25 fechou a R$ 72,87, baixa de R$ 0,02 no dia e baixa de R$ 0,85 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-ALTA DO DÓLAR PODERÁ ELEVAR PLANTIO DA SAFRINHA (baixista)
A desvalorização do real frente ao dólar, acentuada hoje, poderá estimular os produtores brasileiros a apostarem fortemente – área e tecnologia – na safrinha que sucederá a colheita da soja e que, além disso, melhora a competitividade das exportações brasileiras.
USDA EM BRASÍLIA ELEVA A PREVISÃO DE SAFRA NO BRASIL (baixista)
A representação do USDA em Brasília estimou a produção de milho do Brasil em 128 milhões de toneladas em 2024/25 (março de 2025 a fevereiro de 2026), ante projeção anterior de 127 milhões de toneladas. A agência atribuiu o aumento ao recuo nos custos de
produção e às altas dos preços do milho no Brasil nos últimos meses, impulsionados pelos avanços nos preços internacionais e desvalorização do real. O volume ainda é 4,9% superior ao projetado para 2023/24, de 122 milhões de t. Segundo o USDA, a previsão para a área plantada de milho em 2024/25 foi aumentada para 22,3 milhões de hectares, crescimento de 1,4% em relação a 2023/24.
EUA-DEMANDA POR ETANOL (altista)
Entre os fatores que deram algum suporte ao mercado estavam a indústria do etanol, justamente quando surgiu a chance de, por lei, a venda do E-15 (é o combustível com corte de 15% de etanol) ao longo do ano* e um nova venda confirmada pelo USDA.
EUA-AUMENTO NA PRODUÇÃO DE ETANOL (altista)
Com efeito, o relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA foi hoje novamente positivo para o mercado norte -americano de milho, ao marcar um aumento no volume diário de produção de etanol de 1.075.000 para 1.103.000 barris, um valor que ficou acima de 1.071.000 barris ao mesmo tempo em 2023. Além disso, reduziu de 22.648 mil os estoques de biocombustíveis, que ficaram em 22,636 mil barris, volume que ficou abaixo dos 22,906 mil barris em estoque de um ano atrás.
EUA-VENDA DE MILHO PARA A COLÔMBIA (altista)
Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de milho norte-americano 2024/2025 para a Colômbia, por 135 mil toneladas.
IMPORTAÇÃO CHINESA EM ALTA MENSAL
As importações chinesas de milho somaram 300 mil toneladas em novembro, alta de 20% ante outubro, mas queda de 91,6% em relação à novembro de 2023 (cerca de 3,59 milhões de t), de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Alfândegas da Chi na (Gacc, na sigla em inglês). Em valores, as importações de milho no décimo primeiro mês do ano totalizaram US$ 77 milhões. No acumulado do ano até novembro, a China importou 13,32 milhões de toneladas do cereal, recuo de 39,9% na comparação com igual período de 2023.
Fonte: T&F Agroeconômica