FECHAMENTOS DO DIA 04/09
O contrato de soja para setembro24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,90%, ou $ 9,00 cents/bushel a $ 1006,00; A cotação de novembro24, fechou em alta de 0,94% ou $ 9,50 cents/bushel a $ 1021,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 2,65 % ou $ 8,4 ton curta a $ 325,8 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de -1,83% ou $ -0,76/libra-peso a $ 40,72.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta nesta quarta-feira. As cotações da oleaginosa emendaram a quarta alta consecutiva. Com o mercado já precificado na grande colheita de soja nos EUA, o que pode limitar maiores movimentos de alta, todos estão de olho no plantio brasileiro. O Brasil esta começando a plantar com a projeção de um pequeno aumento de área, mas com condições muito adversas, o que pode prejudicar o potencial produtivo da safra 24/25. Isso abre espaço para uma especulação na bolsa, antes da forte pressão da colheita nos EUA.
A leve piora na qualidade dos grãos nos EUA deu algum suporte para os preços, mas já é esperada para o estágio que se encontram as lavouras. O clima seco dos próximos dias também, mas as reservas hídricas ainda estão muito acima do ano anterior.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-CONTINUA AUSÊNCIA DE CHUVAS (altista)
A ausência de chuvas significativas nas áreas produtoras do Brasil que devem iniciar o plantio da soja 2024/2025 contribuiu para a tendência positiva. Com as previsões de umidade abaixo dos níveis normais para o restante do mês, a possibilidade de atrasos nas obras do principal país produtor e exportador da oleaginosa é um convite à “brincadeira” dos especuladores, que gastaram todo o mercado climático americano no mesmo lado do balcão (o vendedor).
EUA-PIORA A QUALIDADE (altista)
Enquanto a colheita dá os primeiros passos em áreas muito específicas dos Estados Unidos, ontem o USDA reduziu a proporção de soja em bom/excelente estado de 67 para 65%, mas manteve- a acima de 53% ao mesmo tempo em 2023. Os dados oficiais ficaram abaixo dos 66% esperados em média pelas empresas privadas. Em Illinois, principal estado produtor de soja, a classificação bom/excelente subiu de 64 para 68%. 94% das culturas estão formando vagens e 13% das plantas estão perdendo folhas.
EXPECTATIVA PRÉ-WASDE (baixista)
Com o próximo relatório mensal do USDA a ser publicado na quinta-feira, 12, já na mira das operadoras, as empresas privadas começaram a divulgar as atualizações de suas estimativas. Entre eles, a empresa Allendale calculou o volume da colheita recorde de soja nos EUA em 125,22 milhões de toneladas, com rendimento médio de 3.584 kg por hectare. Ambos os números ficaram um pouco acima dos divulgados pela entidade em agosto: 124,90 milhões de toneladas e 3.578 kg por hectare.
INDONÉSIA-CONTINUA O PROBLEMA (altista)
Apesar dos aumentos para grãos e farinha (a posição dezembro somou US$ 9,37 e fechou com reajuste de US$ 362,99 por tonelada), para óleo de soja (dezembro caiu US$ 18,08 e
fechou em US$ 885,36 por tonelada). A possibilidade de que o governo indonésio sobre a redução dos direitos de exportação do óleo de palma é um sinal de alerta, como uma medida capaz de melhorar a sua competitividade face aos óleos vegetais rivais e aumentar o rendimento dos agricultores. Vale lembrar que a Indonésia é o principal produtor de óleo de palma e que este é o óleo vegetal mais importante em termos de volume de oferta.
Fonte: T&F Agroeconômica
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