Os preços da soja recuaram nas principais praças do Brasil ao longo da semana, período marcado por poucos negócios. A queda nos contratos futuros em Chicago, reflexo do clima favorável às lavouras americanas, afastou os vendedores e tornou a comercialização arrastada.
A saca da soja recuou de R$ 186,50 para R$ 183,50 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), os preços baixaram de R$ 187,50 para R$ 180,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 173,00 para R$ 171,00.
No Porto de Paranaguá, a saca passou de R$ 194,00 para R$ 189,50. Os prêmios de exportação seguiram em patamares firmes, mesmo com a fraca atividade registrada nos portos.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros apresentaram desvalorização de 3,37% até o fechamento da sessão da quinta, encerrando a US$ 14,05 ¼ por bushel. Mesmo com bons sinais de demanda pelo produto americano, a previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas pressionou as cotações.
O dólar comercial compensou em parte o peso de Chicago no mercado interno. A semana foi de elevação na moeda-americana, que encerrou a quinta na casa de R$ 5,171, com alta acumulada de 1,9%. As incertezas quanto ao desempenho da economia global seguem impulsionando o dólar, porto seguro em meio ao aumento da aversão ao risco.
Confira mais detalhes no programa Conversa com o Analista, da SAFRASTV:
USDA
O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,531 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 123,3 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 51,9 bushels por acre. Em julho, as indicações eram de 4,505 bilhões de bushels – 122,6 milhões de toneladas – e 51,5 bushel, respectivamente. O mercado apostava em número de 4,471 bilhões de bushels ou 121,7 milhões de toneladas.
Os estoques finais estão projetados em 245 milhões de bushels ou 6,67 milhões de toneladas. Em julho, o número era de 230 milhões de bushels ou 6,26 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 227 milhões ou 6,18 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,245 bilhões de bushels e exportação de 2,155 bilhões. No mês passado, a previsão era de 2,245 bilhões e de 2,135 bilhões, respectivamente.
Em relação à temporada 2021/22, o Departamento indicou produção de 4,435 bilhões de bushels, ou 120,7 milhões de toneladas. Os estoques foram indicados em 225 milhões de bushels ou 6,12 milhões de toneladas. No mês passado, o número foi de 215 milhões ou 5,85 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 228 milhões ou 6,2 milhões.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 392,8 milhões de toneladas. Em julho, a projeção era de 391,4 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 101,41 milhões de toneladas, contra 99,61 milhões de toneladas de julho. O mercado esperava por estoques finais de 99,2 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 123,6 milhões de toneladas, contra 122,6 milhões em julho. A safra brasileira foi indicada em 149 milhões e a argentina em 51 milhões de toneladas, sem alterações. A China deverá importar 98 milhões de toneladas, sem mudança na previsão.
Em relação à temporada 2021/22, a produção global está estimada em 352,74 milhões de toneladas, com estoques finais de 89,73 milhões. O mercado projetava carryover de 88,9 milhões de toneladas.
A estimativa para a safra brasileira foi mantida em 126 milhões e a previsão para a Argentina permaneceu em 44 milhões. O número para a importação chinesa ficou em 90 milhões de toneladas, repetindo julho.
Mais detalhes sobre o relatório do USDA, você acompanha no programa Pós USDA, da SAFRASTV:
Acompanhe a Agência Safras no nosso site. Siga-nos também no Instagram, Twitter e SAFRAS TV e fique por dentro das principais notícias do agronegócio!
Fonte: Agência SAFRAS