São dados analisados pela Bolsa de Valores de Rosário para a zona central. Os primeiros dados indicam que seriam 160 mil hectares a menos. Na contagem regressiva para semear o trigo, a Bolsa de Rosário já começou a fazer as primeiras análises gerais da safra para a região centro do país.
Inicialmente, o Big Data indica que seriam 2 milhões de toneladas a menos esperadas, em relação à última safra (7,8 milhões de toneladas), representadas em 160 mil hectares a menos (1,7 milhão de hectares). No entanto, da entidade de Rosário, também não descartam que a queda superficial seja mais aguda.
Entre as grandes causas, elencadas pela entidade, estão a persistência do déficit hídrico e a possibilidade de uma nova La Niña; a perda de competitividade do trigo em relação a outras culturas e o aumento exagerado dos custos, principalmente de fertilizantes.
Um dos pontos baixos da safra, segundo a Bolsa, será o nível tecnológico, que será consideravelmente inferior ao que vinha sendo adotado. “A nutrição da lavoura vai cair em qualidade”, dizem os assessores técnicos que se referem à entidade.
Nesta safra, a dose não será suficiente para cobrir as necessidades e obter o potencial da cultura. Nas circunstâncias atuais, estima-se que a dose média de adubação com ureia possa cair 20%, deixando um potencial de trigo de 10 quintais por hectare. (1.000 kg/hectare)
TRIGO ARGENTINO: Preços subiram US$ 5/t nesta terça-feira
Os preços do trigo argentino com 11,5% para os meses mais próximos subiram US$ 5/t para US$ 435 para maio e foram cotados a US$ 445 para junho.
Nova Safra: a posição de dezembro (safra nova) tinha vendedor a US$ 375 (cinco a mais do que o dia anterior), mas sem comprador. Trigo com 12,5% não teve cotação divulgada. Todos estes valores devem ser acrescidos dos respectivos fretes marítimos (que estão atualmente ao redor de US$ 40/t até os portos brasileiros), mais custos de descarga (ao redor de US$ 11/t) e frete rodoviário até o interior, onde estão moinho.
TRIGO PARAGUAIO: Preços melhoram, mas há poucos lotes disponíveis e nenhum vendedor
O mercado de cereais continua sem conseguir acordar em termos de marketing. Compradores timidamente indicando alguns lotes que estão aparecendo esporadicamente, porém, os poucos vendedores que ainda existem querem níveis melhores. O Brasil também está indicando níveis interessantes que, porém, não movem as intenções do produtor.
CHICAGO: Cotações fecham em alta em todos os mercados, por deterioração da safra americana
O contrato de maio22 do trigo brando SRW de Chicago fechou em forte alta de 2,07% ou 22,0 cents/bushel a $ 1084,0; a cotação de DEZ22, que interessa aos produtores/exportadores brasileiros, fechou também em alta de 2,02% ou 21,50 cents/bushel a $ 1087,75; o contrato do trigo duro HRW de Kansas para maio fechou também em alta de 1,18% ou 13,50 cents/bushel a $ 1158,75; o trigo de primavera HRS de Minneapolis fechou em alta de 0,81% ou $9,50 a $ 1186,25 e o trigo para moagem da Euronext de Paris fechou em alta de 1,47% ou $ 6,50 euros/t a 414,75 euros.
Nova deterioração das condições de safra nos EUA elevou os preços. Apenas 27% dos lotes estão em condições boas a excelentes (o pior registro desde 1989). Além disso, a semeadura da primavera apresenta um pequeno atraso em relação ao ritmo normal. A demanda internacional ativa aumentou o ímpeto.
Canadá aumenta a área de trigo: Os dados da StatsCan Planting Intentions mostraram que a área de trigo 22/23 se expandiria para 25,031 milhões de acres (10,13 M hectares). Isso é superior aos 23,36 milhões (9,45 MHa) da temporada passada, quando o mercado estimava um aumento de 790 mil acres em média. O durum específico foi responsável por 693,9k do aumento, enquanto a área de trigo de inverno diminuiu ano/ano.
O USDA informou sua estimativa preliminar de produção de trigo de 22/23 para a Austrália como 29 MT, contra 36,3 MT de 21/22 se realizado, citando rendimentos mais típicos.
O Adido Agrícola do USDA estima a produção de trigo da Argentina em 900 mil toneladas acima da estimativa oficial do USDA para 21/22 como 21,9 milhões de toneladas.
A Argentina deve produzir 18,6 milhões de toneladas de trigo na temporada 2022/23, de acordo com projeção do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires. O volume representa uma queda de 3,3 milhões de toneladas em relação à estimativa do ano anterior.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Exportação continua subindo o preço no porto; interior se firma em R$ 1.900/t spot
Preços voltaram a firmar, pela pouca oferta. Vendedores R$ 1.900/t FOB para trigo pão e R$ 2.000/t para trigo branqueador. Alguns moinhos conseguiram comprar pequenas quantidades a R$ 1.950 CIF.
Exportação continuou mais firme, seguiu buscando ofertas para trigo futuro (nov e dezembro) com preços na casa de R$ 1.900,00 CIF porto no melhor momento. Houve relatoss de pelo menos 20.000 tons feitas pois os preços bateram os R$ 1.800,00 interior em algumas praças.
Cotação de Chicago para dezembro22 fechou em forte alta de -2,01% a $1087,75, equivalente a US$ 399,70, contra US$ 391,98 da sessão anterior, sem prêmios. Preços da pedra em Panambi mantiveram R$ 94,00 ao produtor.
SANTA CATARINA: Mercado estável, trigo gaúcho deixa de ser competitivo, conforme o frete
Ofertas do Rio Grande subindo para R$ 1.900, nas Missões, chegando ao leste do estado a R$ 2.020/t CIF + ICMS. Preços locais: Moinho paga entre R$ 1950-2000 CIF. Vendedores R$ 1950/t, daí pra cima. Os preços locais também estão ao redor de R$ 2.000/t ou mais. Por outro lado, os moinhos estão abastecidos até o final de abril, alguns um pouco mais.
PARANÁ: Estado já plantou 3% da área; produção esperada entre 3,66 e 4,01MT
Deral divulgou nesta terça-feira que 3% da área prevista de 1.171.175 hectares já está plantada. Por enquanto, 100% das lavouras estão em boas condições, 89% está em fase de germinação e 11% em desenvolvimento vegetativo. O potencial produtivo estimado pelo DERAL fica entre 3,66MT e 4,01MT.
Paraná bem poucas ofertas. Nivel de ofertas acima de R$ 2000/t FOB para trigo pão e Trigo branqueador rodados a R$ 2100 FOB. Trigo pão negociado entre R$ 1950 a 2000/t. FOB. Alguns negócios para SP/MG e GO a R$ 2.000+frete e ICMS.
Fonte: T&F Agroeconômica