O mercado brasileiro de milho deve seguir com preços em patamares elevados. O clima seco segue prejudicando a safrinha e pode contribuir para quebras ainda maiores nas lavouras, o que faz com que os produtores mantenham a estratégia de reter as ofertas. No cenário internacional a Bolsa de Chicago estende os ganhos da última sessão.
Ontem (3), o mercado brasileiro de milho abriu a semana apresentando preços em alta em muitos estados. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as dificuldades de abastecimento são recorrentes em grande parte do Centro-Sul, situação que só deve se normalizar com a entrada da safrinha, a partir de agosto devido a todo o atraso. “O clima segue como uma variável chave para a evolução do mercado durante o mês de maio, com possibilidade de quebras ainda mais severas na safrinha em caso de manutenção de chuvas irregulares”, comenta.
No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 87,00 a R$ 97,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 87,00/100,00.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 105,00/107,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 102,00/105,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 104,00/107,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 100,00/102,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 95,00/98,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 92,50/R$ 95,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 85,00/90,00 a saca em Rondonópolis.
Chicago
Os contratos com entrega em julho de 2021 operam com alta de 10,75 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 1,58%, cotados a US$ 6,90 1/4 por bushel.
O tempo seco no Brasil segue como fator de suporte, pois traz dúvidas sobre a oferta global – apesar do ritmo rápido de plantio nos Estados Unidos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de milho. Até 2 de maio, a área plantada estava estimada em 46%. O mercado esperava 44%. Em igual período do ano passado, o número era de 48%. Na semana passada, os trabalhos cobriam 817 da área. A média para os últimos cinco anos é de 36%.
Ontem (3), os contratos de milho com entrega em julho/21 fecharam a US$ 6,79 1/2, alta de 6,25 centavos de dólar, ou 0,92%, em relação ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial registra alta de 0,99% a R$ 5,4730.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai e Tóquio não operam por feriado local. Hong Kong teve alta de 0,94%.
- As principais bolsas na Europa registram cotações firmes. Paris, +0,28%. Londres, +0,36%.
- O petróleo opera em alta. Junho do WTI em NY: US$ 65,29 o barril (+1,22%).
- O Dollar Index registra ganho de 0,35% a 91,26 pontos.
Fonte: Agência SAFRAS