O período foi predominado por tempo seco, embora tenham ocorrido chuvas esparsas e de baixo volume na maior parte do RS, o que permitiu avanços na colheita da soja que chegou a 73% das lavouras implantadas. No Estado, seguem ocorrendo as vistorias para comprovação de perdas para acesso ao Proagro, no entanto, na regional de Santa Rosa reduziu o número de comunicações na semana que passou.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, 92% das lavouras foram colhidas em virtude da aceleração da maturação da cultura, resultante do predomínio das condições de tempo seco. Restam ainda a ser colhidas as cultivares mais tardias e em áreas de baixadas, onde a maturação foi mais lenta em função de um maior acúmulo de umidade. À medida que a colheita avança, há aumento da quantidade de grãos esverdeados e quebra de grãos durante a trilha, ampliando os descontos por impurezas nas unidades de recebimento. A umidade do produto colhido continua em torno de 10%.
Na região de Santa Rosa, apenas 1% ainda se encontra em floração (soja safrinha), 7% das lavouras estão em enchimento de grãos, 10% em maturação e avançando significativamente na colheita, passando para 82% das lavouras. As chuvas ocorridas durante a semana constituem um alento para as lavouras de soja safrinha, em fase de floração e enchimento de grão. Mesmo com a chuva da quinta-feira (2) e da segunda-feira (6), não houve mudança no cenário geral, sinalizando para aumento de perdas no rendimento, que vem se mantendo em 41% em relação à produtividade inicial esperada de 3.276 quilos por hectare.
Atualmente, se observa uma produtividade de 1.926 quilos por hectare. Assim como ocorreu na semana passada, a chuva deve provocar pequena interrupção da colheita. Na de Santa Maria, a maior parte das lavouras já foram colhidas, chegando a 70% das áreas plantadas. Em Tupanciretã, com a maior área de soja plantada no Estado, já foram colhidos 80% dos plantios, e a produtividade tem variado de 480 a 2.400 quilos por hectare. Atualmente a estimativa regional de perdas médias é de 56%.
Na região da Emater/RS-Ascar de Bagé, 10% das lavouras encontram-se em enchimento de grãos, 40% em maturação fisiológica e 50% das lavouras foram colhidas.
Mesmo com as precipitações, o final de ciclo da cultura foi antecipado, apresentando vagens sem enchimento completo do grão e grãos com tamanho e peso fora do padrão. O rendimento médio de 1.300 quilos por hectare reflete perdas de 50% em relação à inicial.
Na regional de Soledade, a colheita se intensificou, chegando a 78% da área plantada; as demais lavouras estão em maturação. A média de produtividade está em 1.680 quilos por hectare. A estiagem acelerou o ciclo das lavouras, resultando em grãos com menor tamanho e peso, além de grãos com aspecto esverdeado.
Na de Frederico Westphalen, a colheita avança e chega a 85%. Das demais lavouras, 8% delas estão em enchimento de grãos e 7% em maturação. A produtividade média tem se mantido em 2.421 quilos por hectare. O retorno das precipitações nos últimos dias ajudou a atenuar as perdas na cultura, que já chegam ao acumulado de 26% na região. Na região da Emater/RS-Ascar de Erechim, 90% da cultura foi colhida e 10% está em maturação. A produtividade média tem se mantido em 2.561 quilos por hectare, com perdas de 33,5% em relação à produtividade inicial esperada.
Na de Caxias do Sul, predominaram dias secos no período; a colheita avançou em ritmo acelerado, atingindo um percentual superior a 60% da área plantada. O rendimento das áreas cultivadas mais no tarde decresce em virtude da estiagem ocorrida no período final de enchimento de grãos. A umidade dos mesmos está muito baixa; são frequentes grãos com umidade abaixo de 10%.
Na de Porto Alegre, está finalizando a fase de desenvolvimento vegetativo (2%) da cultura da soja, 6% dos cultivos estão em floração, 34% em enchimento de grãos, 46% em maturação e 12% já foram colhidos. Em lavouras já em estádios finais de desenvolvimento – quando o florescimento e a formação de vagens que influenciam na produtividade já foram determinados – as precipitações não têm tanta influência, salvo nas áreas de cultivo mais tardio. Em geral, as lavouras apresentam falhas, plantas malformadas, grãos pequenos, sem qualidade e alguns não desenvolvidos, vagens sem grãos e presença de grãos murchos, verdes e não amadurecidos. A estimativa de perdas tem se mantido em 55% em relação à expectativa inicial.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a cultura está predominantemente nos estágios de enchimento de grãos e em maturação. As precipitações ocorridas no Estado não atingiram a maioria dos municípios da região. Seguem intensas as atividades de colheita.
Em Morro Redondo, as áreas colhidas correspondem a 50%, em Pelotas, a 35% e a 30% em Pedro Osório. Os rendimentos atuais são os seguintes: em Morro Redondo, 600; em Pelotas, 1.100; e em Pedro Osório, 890 quilos por hectare. Na de Passo Fundo, a colheita segue em ritmo acelerado e chega a 80% das áreas; o restante se encontra em maturação. A falta de chuvas vem prejudicando o desenvolvimento da cultura, e as perdas de rendimento são visíveis. O rendimento médio se mantém em
1.350 quilos por hectare.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar para a soja comercializada no Estado, a cotação média foi de R$ 91,01/sc., com aumento de 0,18% em
relação à da semana anterior.
Na região de Santa Rosa, o preço da soja esteve em elevação, sendo comercializada a R$ 86,65/sc.; em Caxias do Sul, Ijuí e Soledade em R$ 89,00; em Santa Maria, chegou a R$ 89,97 e na regional de Porto Alegre, a R$ 91,10. Na região de Bagé, o preço oscilou entre R$ 77,00 e R$ 95,00. Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, o preço da saca foi cotado a R$ 90,00; nas de Passo Fundo e Frederico Westphalen, a R$ 89,50; na de Pelotas, ficou entre R$ 91,00 e R$ 95,00/sc.
Fonte: Emater/RS