A colheita do algodão em Mato Grosso aumentou o ritmo nesta semana. Com isso, os trabalhos nas lavouras avançaram 9,34 p.p. em relação à semana passada, alcançando até a última sexta-feira (17/07) 14,50% das áreas destinadas ao cultivo da fibra no estado.
Para se ter uma ideia, é a primeira vez que a colheita ultrapassa o observado no mesmo período da safra passada, ficando 0,70 p.p. à frente no comparativo com a safra 18/19. Por outro lado, os trabalhos ainda seguem atrasados em 2,79 p.p. em relação à média das últimas cinco safras.
Ademais, no oeste (principal produtor mato-grossense) os trabalhos chegaram a 13,16% da área total colhida, um avanço de 9,52 p.p. em relação a semana passada. Por fim, é importante destacar que o a destruição da soqueira segue acompanhando o ritmo da colheita em maior parte das regiões em Mato Grosso.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Apesar do avanço da colheita ocorrendo em alta no Mato Grosso, o preço Imea/MT fechou cotado a uma média semanal de R$ 84,17/@, avanço de 0,32% ante a semana passada.
• Diante da notícia sobre a reforma tributária nos EUA, o valor do dólar fechou a R$ 5,36/US$, com uma valorização de 0,02%.
• Mesmo com a valorização da moeda norteamericana na última semana, a paridade de exportação para o contrato de dez/20 caiu 2,23%, devido à desvalorização da pluma na bolsa de NY. Assim, ficou cotada a um preço médio semanal de R$ 108,13/@.
• Os subprodutos do algodão matogrossense finalizaram a semana passada com R$ 602,96/t, R$ 644,32/t e R$ 2,530,53/t, respectivamente, para caroço, torta e óleo de algodão. Com isso, houve uma queda de 0,98%, 0,37% e 1,10%, nesta ordem.
Alta nas despesas:
Os custos de produção do algodão em Mato Grosso para a safra 20/21 valorizaram no mês de junho. Com isso, o custo variável (CV) avançou 0,80%, passando a ser de R$ 9.071,28/ha. Já a despesa com o operacional (CO) acompanhou o mesmo ritmo de alta, fechando em R$ 9.663,84/ha.
Essa alta é reflexo das valorizações no fungicida (+0,75%), herbicida (+0,97%) e inseticida (+0,70). Além disso, o custo com classificação e beneficiamento cresceu 2,52%, devido ao alto patamar das cotações do caroço (entregue como compensação do beneficiamento da produção nas algodoeiras).
Neste cenário, o cotonicultor precisa vender sua pluma a um preço médio de R$ 77,31/@ para que consiga cobrir pelo menos seus custos variáveis. Por fim, com o aumento dos gastos e a comercialização da safra diminuindo o ritmo de negociações em relação à safra passada, o produtor se vê em uma situação pouco favorável para o ritmo futuro da safra.
Fonte: Imea