Em Itiquira – MT, a Fazenda Gravataí recebeu o título de campeã da Região Centro-Oeste, Categoria Sequeiro, do desafio de produtividade CESB 22/23. O produtor Caetano Polato e o consultor Bento Manoel Ferreira, obtiveram a produtividade de 106,01 sc/ha. Com foco na agropecuária, das 10.300 hectares da propriedade, 4.060 ha são destinadas a cultura da soja, que apresenta produtividade média de 83,7 sc/ha.
A área cuja produtividade campeã foi obtida é de 5,5069 ha, e sob o sistema de integração lavoura-pecuária, da safra 17/18 até a safra 22/23, o milho + braquiária antecedeu a soja no sistema de produção. Antecedendo os cultivos das safras 17/18 e 21/22, houve respectivamente, a adição de 2 t/ha de calcário dolomítico (17/18), 2,8 t/ha de calcário dolomítico e 0,55 t/ha de gesso agrícola (21/22).
Com um bom histórico de produtividade, a área auditada fazia parte de uma gleba de 86 ha. Durante o período vegetativo da cultura, o volume total precipitado foi de 52,6 mm, já durante o período reprodutivo, chegou ao acumulado de 769,2 mm, totalizando 821,8mm. O solo da área não apresentava impedimento físico ao crescimento radicular, além de apresentar teores nutricionais ideais em profundidade.
Semeada dia 04 de outubro de 2022, a cultivar OLIMPO 80I82RSF IPRO apresentou PMG de 210g. A população almejada foi de 280.000 plantas/ha, enquanto a população real obtida foi de 260.000 plantas/ha. Com relação a manejo adotado na adubação, em pré-semeadura aplicou-se ureia (46-00-00), super simples (00-23-00), KCl (00-00-60) e Produbor, nas doses de 1l/ha, 350 kg/ha, 122 kg/ha e 10 kg/ha respectivamente.
Com relação a inoculação, nutrição e biofertilizantes, o tratamento de sementes contou com Bradyrhizobium japonicum, Azospirillum brasilense e Aditivo para inoculante. Em V3 utilizou-se Kellus Manganese e em V5 Tônus e Kellus Manganese. Já no período reprodutivo da soja, Profol Produtividade foi aplicado em R1 e R5.
O tratamento fitossanitário empregado nos períodos vegetativo e reprodutivo podem ser observados nas figuras 1, 2 e 3.
Figura 1. Tratamento fitossanitário utilizado na fase vegetativa da soja.
Figura 2. Tratamento fitossanitário utilizado na fase reprodutiva da soja.
Figura 3. Tratamento fitossanitário utilizado na fase reprodutiva da soja.
Ao todo, o manejo da cultura contou com 11 entradas do pulverizador na lavoura, iniciando na pré-emergência e finalizando em R7. Com base na análise de custo de produção e lucratividade, o custo total de produção foi de R$6.614,47, com receita líquida de R$8.279,93 e lucratividade líquida de 55,59%, resultando em retorno sobre o real investido de R$1,25.
Figura 4. Custo de produção e análise econômica, Fazenda Gavataí, Itiquira – MT, CESB 22/23.
Com maior eficiência, para cada kg de soja produzido, houve a redução de 54% da emissão de CO2, de 69% do esgotamento de recursos hídricos, de 58% do consumo de recursos minerais e metais, além da redução de 21% do uso da terra. Conforme destacado pelo consulto Bento Manuel Ferreira, os fatores que fizeram a diferença para a obtenção da produtividade campeã foram a genética altamente responsiva, a integração lavoura-pecuária, o clima bem definido e a dedicação da equipe em fazer bem feito na hora certa.
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Referências:
CESB. CASE CAMPEÃO CENTRO-OESTE-SAFRA 22/23. Comitê Estratégico Soja Brasil, 2023. Disponível em: < https://www.cesbrasil.org.br/case-campeao-centro-oeste-safra-22-23/ >, acesso em: 30/06/2023.