Com o fim do vazio sanitário no último dia 15/09, os sojicultores deram início à semeadura nos solos mato-grossenses. No entanto, o ritmo encontra-se abaixo da média dos últimos cinco anos.
Até o momento, o Imea prevê que 27,22 mil hectares, ou 0,28% da área total estimada para a safra 19/20, estão semeados, visto que grande parte dessas áreas é composta por lavouras irrigadas. Na safra 18/19, este número já era de 79,58 mil hectares, ou 0,83% da área. Entretanto, vale ressaltar que as condições climáticas eram favoráveis ao avanço da semeadura.
Já no momento atual, grande parte dos produtores está aguardando melhores condições para iniciar os trabalhos de campo, na medida que os atrasos nas precipitações podem dificultar a germinação e o desenvolvimento da oleaginosa, restando ao produtor ter cautela, visto que esta é uma das safras com os maiores custos da história.
Confira os principais destaques do boletim:
• Devido à baixa significativa nos prêmios portuários, a cotação da soja finalizou a semana com baixa de 0,18%, média de R$ 71,95/sc.
• Com a melhora das tensões comerciais entre EUA e China, o contrato corrente CME apresentou alta de 1,54%, cotado a US$ 8,92/bushel.
• A paridade mar/20 fechou a semana a R$ 70,15/sc, alta de 2,35%, reflexo da valorização das cotações do grão na CME e a valorização da moeda norte-americana.
• O contrato corrente do prêmio portuário para Santos-SP caiu 19,57%, a US$ 1,11/bushel, reflexo dos sinais de avanço nas negociações entre os EUA e a China.
ESPERANDO A CHUVA:
O start da semeadura para a safra 19/20 se deu após o encerramento do vazio sanitário, e com isso o produtor está ansioso pelas primeiras precipitações expressivas para colocar as máquinas no campo.
Entretanto, considerando que o recomendável de chuvas para que o solo tenha uma reserva razoável de umidade para germinação das sementes é de 80 a 100 mm – segundo a Embrapa Cerrado –, as previsões climáticas do NOAA mostram acumulados de chuvas não satisfatórios no estado para os próximos sete dias.
De forma semelhante, as chuvas previstas para os próximos quinze dias estão abaixo da série histórica para o mesmo período, mostrando volumes menores que a média nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Sul.
Assim, as projeções climáticas indicam que volumes pluviométricos suficientes só voltem a ocorrer no mês de outubro, ressaltando a importância do produtor estar atento ao momento certo de colocar as sementes no chão.
Fonte: IMEA