A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos. Após começar o dia em alta, tentando recuperação, o mercado reverteu e passou a ser pressionado pela ampla oferta do grão na região do Mar Negro. A queda dos preços de exportação da Rússia também atua como fator baixista. O dólar valorizado ante outras moedas encarece o produto estadunidense no mercado internacional e pressiona a retração das cotações.

Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones, ninguém no mercado internacional está interessado em comprar trigo dos Estados Unidos neste momento.

Conforme a Reuters, a Austrália deve produzir safra recorde de 62 milhões de toneladas nesta temporada, apesar das enchentes generalizadas no leste do país. As exportações da Ucrânia caíram para 1,58 milhão de toneladas em novembro ante 1,98 milhão em outubro. O Paquistão planeja importar 450 mil toneladas de trigo da Rússia nos próximos meses.

As inspeções de exportação norte-americana de trigo chegaram a 334.653 toneladas na semana encerrada no dia 1o de dezembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava 230 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido 284.476 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 248.553 toneladas.

No fechamento de hoje, os contratos com entrega em março de 2023 eram cotados a US$ 7,39 por bushel, baixa de 22,00 centavos de dólar, ou 2,89%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em maio de 2023 eram negociados a US$ 7,50 3/4, recuo de 22,50 centavos de dólar, ou 2,9%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Agência Safras



 

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