Você sabia que alguns fatores podem afetar a tecnologia de aplicação de herbicidas?

Pois é, muitos fatores podem acabar interferindo na tecnologia de aplicação de herbicidas, entre eles podemos citar:

  • condições ambientais no momento de aplicação;
  • características do solo;
  • o pulverizador;
  • o operador;
  • o ingrediente ativo;
  • a formulação do produto.

Uma boa pulverização está alinhada à seis pontos importantes:

  1. bom pulverizador;
  2. bom produto químico;
  3. operador treinado;
  4. boa qualidade da água;
  5. equipamento calibrado e regulado;
  6. condições favoráveis de aplicação (vento, temperatura e umidade relativa do ar).

Leia mais sobre as condições favoráveis de aplicação de herbicidas neste link.

No texto de hoje, vamos entender como os herbicidas influenciam neste processo. Os ingredientes ativos podem influenciar a tecnologia de aplicação porque, possuem diferentes características físico-químicas. O primeiro passo para realizar uma aplicação de herbicida é, observar a sua pressão de vapor. Quanto maior a pressão de vapor de um herbicida, maior é o risco de volatilização e, ainda por consequência, de deriva deste produto.

Fonte: Ana Carolina Ribeiro Dias.

Lembrando que, a volatilidade do herbicida pode aumentar em condições de alta temperatura e baixa umidade relativa do ar. Ao aplicar um herbicida em pré-emergência, temos que o alvo dele será o solo.  Com isso, as principais características dos produtos que temos que verificar são: a sua solubilidade em água e a sorção aos colóides do solo. Temos que lembrar que, herbicidas aplicados em pré-emergência necessitam de umidade para serem ativados, assim o solo precisa estar com umidade adequada.

Fonte: Ana Carolina Ribeiro Dias.

Observe que, quanto maior a solubilidade do herbicida, menor é a quantidade de água necessária para que o produto fique na solução do solo, e disponível para as plantas daninhas absorverem.

Fonte: O Agronômico.

Quanto maior a solubilidade do produto, menor é sua sorção ao solo. Outra característica importante para observarmos em aplicações de pré-emergência, são os relacionados a retenção do herbicida no solo. Duas características estão mais relacionadas a este fator: o Kow e o Koc. Observe que quanto maior o Kow, maior é a sorção do herbicida ao solo. Lembrando que, no geral, quanto maior o Kow, menor a solubilidade e vice-versa.

Fonte: Ana Carolina Ribeiro Dias.

Para aplicações em pós-emergência, um importante fator a ser observado é a pressão de vapor. A pressão de vapor pode ser alterada pela formulação do produto. Assim, a formulação que você irá utilizar pode influenciar na tecnologia de aplicação utilizada, lembre-se que existem pontas anti-deriva e adjuvantes controladores de deriva, que podem lhe auxiliar neste processo.

Alguns exemplos que podem ilustrar este caso são os produtos:

  • 2,4-D amina x 2,4-D éster, o segundo não é mais comercializado no Brasil;
  • Gamit 360 SC (nova formulação do clomazone);
  • Trifuralina gold (nova formulação da trifuralina).

Conclusões 

No texto de hoje, vimos como o herbicida pode influenciar a tecnologia de aplicação. Você pode ver, quais as principais características que devemos nos atentar em aplicações de pré e pós-emergência. Vimos também, que as formulações dos herbicidas podem influenciar na tomada de decisão por qual produto comprar.

Referências utilizadas neste texto:

Aspectos da biologia e manejo das plantas daninhas / organizado por Patrícia Andrea Monquero – São Carlos: RiMa Editora, 2014.

Gostou do texto? Tem mais dicas sobre tecnologia de aplicação? Adoraria ver o seu comentário abaixo!

Sobre a Autora: Ana Ligia Girardeli, Sou Engenheira Agrônoma formada na UFSCar. Mestra em Agricultura e Ambiente (UFSCar) e Doutora em Fitotecnia (USP/ESALQ). Atualmente, estou cursando MBA em Agronegócios.

 



 

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