Visando manter a cobertura do solo por um período maior de tempo após a colheita da cultura do milho, uma das alternativas é optar pelo consorcio milho-braquiária. Segundo CECCON (2013), o consórcio pode ser implantado por meio da semeadura intercalada das linhas de cultivo (figura 1), onde a braquiária ocupará o espaço disponível nas entrelinhas do milho. Essa prática possibilita a adequada distribuição de sementes e o controle da população implantada.
Figura 1: Etapas da implantação do consórcio. Sementes de milho e braquiária (a) discos de corte e posicionamento de linhas de semeadura (b), depósito de sementes de milho (M) e braquiária (B) e linhas intercaladas de cultivo (d).
Fonte: CECCON (2013).
O objetivo é que após a colheita do milho, a braquiária possa continuar seu ciclo de desenvolvimento até que seja dessecada para semeadura da cultura sucessora. Com isso, busca-se diminuir a perda de solo por erosão superficial, oriunda do escoamento em solos descoberto e também diminuir a emergência de plantas daninhas (figura 2).
Figura 2. Linhas intercaladas de cultivo com milho em ponto de colheita.
Fonte: CECCON (2013).
Segundo Felipe Dazzi e Guilherme R. dos Santos, membros do grupo Supra Pesquisas, o uso da braquiária em consórcio com o milho traz vantagens com relação a cobertura do solo e manejo de plantas daninhas, porém, requer atenção pois caso a braquiária se desenvolva mais rapidamente que o milho, pode ocorrer competição entre as espécies e com isso prejudicar o desenvolvimento do milho.
Visando suprimir o desenvolvimento da braquiária para que não haja competição, uma das alternativas é o uso de herbicidas, contudo, a prática requer cautela e perícia para que nenhuma cultura seja prejudicada a ponto de comprometer seu desenvolvimento.
Confira o vídeo abaixo.
Referências:
CECCON, G. CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA. Embrapa, 175p. 2013.
Redação: Mauricio Siqueira Dos Santos, Eng. Agrônomo, Equipe Mais Soja