Autores: Prof. Dr. Argemiro Luís Brum e Jaciele Moreira.

As cotações do trigo em Chicago subiram nesta semana inicial de setembro, tendo o bushel do cereal, para o primeiro mês cotado, atingido a US$ 5,55 no dia 1º de setembro. Posteriormente o mesmo recuou, fechando a quinta-feira (03) em US$ 5,43, contra US$ 5,42 uma semana antes.

O mercado está sob influência do atraso na colheita estadunidense do trigo de primavera, após ter encerrado a do trigo de inverno. De fato, até o dia 30/08 o trigo de primavera estava colhido em 69% da área total, contra 77% na média histórica.

Por outro lado, as exportações estadunidenses de trigo caminham bem, tendo atingido a 516.131 toneladas na semana anterior, ficando dentro do esperado pelo mercado.

Espera-se, agora, o novo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 11/09.

Na Argentina, a falta de chuvas em muitas regiões tritícolas continua causando preocupações, após as geadas e granizo que atingiram as mesmas. Também haverá quebra de safra no vizinho país, porém, a dimensão desta quebra ainda não está definida.



No Brasil, as fortes geadas do final de agosto causaram grandes perdas nos trigais do sul do país, as quais estão ainda sendo contabilizadas. No Rio Grande do Sul, a perda média estadual está agora previamente estimada entre 30% a 35%, sem falar na queda da qualidade do grão que sobra para ser colhido. No Estado gaúcho, até o dia 27/08, 60% das lavouras estavam em germinação, 31% em floração e 9% em enchimento de grão. (cf. Emater)

Os preços se mantêm em elevação, especialmente agora diante da confirmação de perdas nas lavouras desta safra nova. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 57,55/saco, enquanto no Paraná os preços subiram para níveis entre R$ 60,50 e R$ 62,00/saco. Já em Santa Catarina o valor do produto fechou a semana na média de R$ 58,50/saco na região de Palma Sola.

Vale destacar que no Paraná cerca de 15,7% da safra de trigo, que começa a ser colhida neste mês de setembro, já foi vendida. A colheita neste Estado atingia a 3% da área total no dia 31/08, contra 12% na mesma época do ano passado. Espera-se que até o final de setembro o Paraná tenha colhido quase metade de sua área de trigo.


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Fonte: Informativo CEEMA UNJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum (1) e de Jaciele Moreira (2).

1 – Professor do DACEC/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2-  Analista do Laboratório de Economia da UNIJUI, bacharel em economia pela UNIJUÍ, Tecnóloga em Processos Gerenciais – UNIJUÍ e aluna do MBA – Finanças e Mercados de Capitais – UNIJUÍ e ADM – Administração UNIJUÍ

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