Em MT, o esmagamento da soja em fev/24 alcançou recorde no processado para o mês, totalizando 1,04 milhão de t, alta de 19,33% quando comparado com o mesmo período de 2023, e 17,99% maior que a média dos últimos cinco anos.

Alguns fatores influenciaram no maior volume esmagado no mês, como a abertura de novas indústrias no estado e a demanda externa aquecida, principalmente pelo farelo de soja. Em relação à margem bruta de esmagamento, o indicador ficou na média de R$ 538,42/sc em fev/24, alta de 3,21% quando comparado com jan/24.

Esse cenário foi pautado pela queda nos preços da soja em grãos na média de fev/24, que foi maior que a desvalorização nos preços dos subprodutos da oleaginosa. Por fim, para o mês de mar/24, espera-se que o ritmo do esmagamento continue aquecido, visto que a margem bruta nos primeiros quinze dias do mês aponta para um aumento na média estadual.

Confira os principais destaques do boletim:
  • COLHEITA: a colheita da soja para a safra 23/24 alcançou 95,60% nessa semana, alta de 5,18 p.p. quando comparada com a média da semana anterior.
  • CME-GROUP: a CME-Group contrato corrente apresentou alta de 2,90% no comparativo semanal e ficou na média de US$ 11,84/bu.
  • BASE MT-CME: com a maior valorização da soja MT ante a CME-Group contrato corrente, o diferencial de base apresentou queda de 1,29% ante a semana anterior.
O custeio da soja para a safra 24/25, em Mato Grosso, exibiu nova queda na estimativa de fev/24.

O indicador ficou projetado em R$ 4.145,75/ha na média do estado, redução de 0,19% em relação a jan/24, pautada pelo recuo nos preços com os fertilizantes, corretivos e defensivos. Apesar da queda mensal no valor dos insumos para a safra, quando analisada a relação de troca da saca de soja para uma tonelada dos principais produtos, o cenário neste momento não está favorável para o sojicultor do estado.

Desse modo, para que os produtores consigam adquirir uma tonelada de Super Simples (SSP) e de Map, é necessário que entreguem 21,93 sc e 40,45 sc de soja, respectivamente. O panorama desfavorável na relação de troca é reflexo do recuo expressivo no preço futuro da oleaginosa.

Por fim, neste difícil início de temporada (custos elevados e preços baixos) é importante que o sojicultor de Mato Grosso tenha na “ponta da caneta” as suas despesas, para conseguir aproveitar as oscilações do mercado e minimizar os riscos da próxima safra.

Fonte: IMEA



 

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