CUSTO DE PRODUÇÃO
A estimativa de jul/23 do Custo Operacional Efetivo (COE) do algodão para a safra 23/24, divulgada pelo Projeto Rentabilidade, Senar-MT, ficou em R$ 14.235,72/ha, 22,85% menor que o da safra 22/23. Esse cenário foi pautado pela diminuição das despesas com os macronutrientes, visto que representam 21,04% do COE. O recuo significativo nos preços dos insumos entre as safras foi pautado pelos altos patamares de preços registrados na safra 22/23, visto que as atuais cotações dos produtos estão em linha com as do ciclo 21/22. Diante disso, e considerando a produtividade do ciclo atual, de 123,11 @/ha, é necessário que o cotonicultor venda a sua pluma a pelo menos R$ 115,64/@ para que consiga cobrir o COE da safra 23/24, valor 23,78% menor do que PE do ciclo 22/23. Por fim, a volatilidade nos preços da fibra é um ponto de atenção para os produtores que estão segurando a venda de seu produto.
Confira os destaques do Boletim:
BAIXA: com os indicadores econômicos da China indicando uma recuperação mais lenta do que o esperado, o contrato de jul/24 na bolsa de NY exibiu redução de 1,54% no comparativo semanal.
INCREMENTO: a alta na cotação do dólar na semana ofereceu base para os preços da pluma no estado, com o indicador Imea da pluma apresentando elevação de 1,52%.
QUEDA: em Mato Grosso, a maior oferta de caroço disponível no mercado pressionou os preços, que registraram baixa de 7,70% quando comparado com a semana passada.
A colheita do algodão da safra 22/23, em Mato Grosso, avançou 13,62 p.p. no comparativo semanal
Sendo assim, até a última sexta-feira (18/08), 60,72% da área estimada para a temporada havia sido colhida. Cabe destacar que o atraso na semeadura do algodão, em conjunto com o prolongamento das chuvas, que estendeu o ciclo da cultura, refletiu em um atraso nos trabalhos a campo desta temporada, que estão 28,84 p.p. atrás aos do mesmo período da safra 21/22. No entanto, a colheita está próxima ao registrado na safra 20/21, ciclo em que o ritmo da semeadura foi semelhante ao observado nesta safra. Em relação às regiões do estado, a nordeste é a mais avançada, com 87,53% da área já colhida. Ainda, cabe destacar que, segundo informantes do Imea, as condições climáticas no decorrer da temporada auxiliaram no bom desenvolvimento do algodão, que apresenta rendimentos dentro do esperado. Por fim, a produtividade média dos talhões colhidos na semana no estado ficou em 305,72 @/ha, incremento de 1,02% ante a semana anterior.
Fonte: Boletim semanal n° 688 – Algodão – Imea
