InícioDestaqueDe 106 a 134 sc/ha, confira os campeões do CESB 2023

De 106 a 134 sc/ha, confira os campeões do CESB 2023

Na edição de 2023, O CESB – Comite Estratégico Soja Brasil, completa 15 anos, tendo recorde de inscritos com 6500 inscrições na edição, são mais de 50 mil produtores impactados pelo Desafio desde sua criação em 2008. Os resultados de crescimento das produtividades e eficiência nos manejos é gritante. Segundo dados trazidos pelo pesquisador Décio Gazzoni, em 2008 a diferença de produtividade entre a média Brasil e a média CESB era de 77% já na safra 22/23 foi de mais de 131%.

Segundo o diretor de marketing do CESB, Leonardo Sologuren, nosso país é uma potência na cultura da soja, com um crescimento composto de 52% na produção de soja, bem como o Brasil correspondendo a 55% das exportações da commodity no mundo, compondo, juntamente com Paraguai e EUA, 90% da oferta mundial de Soja.

Eficiência na preservação

E se todo mundo tivesse a média CESB, quanto teríamos de preservação a mais do que já conseguimos preservar hoje?

Dessa forma, se tivéssemos a eficiência média dos produtores CESB, no país, a expansão de área, para mantermos os mesmos níveis de produção atuais seria menor, trazendo, assim, o que seria uma preservação de mais 8.3 mi de hectare.

Fica a pergunta, como faremos a transferência de tecnologia, informação e eficiente do CESB para o restante do Brasil?

Campeões do Desafio da Máxima Produtividade de Soja. Foto: Mais Soja

Os campeões CESB te mostram…

O campeão Centro Oeste, Caetano Poleto, da Fazenda Gravataí no município de Itiquira – MT, alcançou uma produtividade de 106,01 sc/ha no talhão destinado para o desafio. Mostrando que é possível, assim como você verá nos demais vencedores, transferir essas produtividades para grandes áreas, a produtividade média em mais de 4 mil hectares de soja da propriedade, foi de 83,7 sc/ha.

Utilizando um sistema consolidado de integração lavoura-pecuária, com pouca chuva no estádio vegetativo, mas boas quantidades de precipitação no enchimento de grãos, o produtor obteve uma eficiência climática de 67% e uma eficiência agrícola de 68%. A cultivar utilizada foi Brasmax Olimpo, trazendo um bom equilíbrio de número de vagens e peso de mil grãos (PMG). Com um preço médio de venda de R$140,50 por saca de 60kg, o retorno sobre real investido (ROI) foi de 1,25.

O que faz a diferença para o consultor campeão?

Para Bento Manoel Ferreira, o que fez a diferença para a obtenção da alta produtividade foi a genética altamente responsiva da cultivar, a integração lavoura-pecuária, o clima bem definido e a dedicação da equipe em fazer bem feito na hora certa.

O campeão Norte vem de Mateiros, Tocantins, velho conhecido do CESB, o sojicultor João Antonio Gorgen, com 108,63 sc/ha. A Fazenda São Gabriel possui 2.900 ha destinados para Soja e obteve uma produtividade média de 84 sc/ha. No talhão do desafio, tivemos uma boa disponibilidade hídrica e temperaturas ideais para o desenvolvimento da cultura. A semeadura da cultivar Monsoy 8349, ocorreu no dia 30/10/22 e uma população de planta de 170.000/ha.

O custo de produção por hectare, da fazenda, foi de R$6.285,00/ha com preço de venda de R$148,00/sc, o ROI foi de 1,56. Na palavra do consultor Edinei Antonio Fugalli, o que fez a diferença para a alta produtividade foi o clima favorável, o manejo e correção do solo, a genética e qualidade das sementes.

E o campeão Nordeste é um tetra…pentacampeão, a Fazenda Barcelona de Riachão das Neves-BA, é também do produtor João Antônio Gorgen, 4 vezes campeão nordeste e atual campeão da região norte. A produtividade do talhão campeão foi de 119,71 sc/ha. Ao todo a propriedade possui 2800 ha destinados para Soja em um sistema de plantio direto com 4 culturas, e obteve uma média na propriedade de 95 sc/ha. A cultivar utilizada foi Olimpo, com 123 dias de ciclo, semeada no dia 25 de outubro de 2022, com um número médio de grãos por planta de 215, e um PMG de 231g. O custo médio de produção foi de R$4.400,00 com um ROI de 3,02.

O que nos diz o consultor campeão Edinei Antonio Fugalli, é que o clima favorável, assim como o manejo, correção do solo, a genética e qualidade das sementes foram os fatores que fizeram a diferença para a produtividade obtida.  Isso nos mostra que os manejos, conhecimentos e tecnologia aplicados podem ser replicáveis e transferíveis.

O produtor Moacir Griss da Fazenda Santa Cruz, em Clevelândia, Paraná, foi o campeão da região Sul com uma produtividade média de 132,83 sc/ha. A propriedade possui 100 ha destinadas para a cultura da soja, onde a produtividade média obtida foi de 97 sc/ha. As chuvas em boa quantidade (844,9 mm) e bem distribuídas, auxiliaram para a alta eficiência climática (93%), com uma eficiência agrícola de 64%.

A população de plantas obtida com a cultivar Zeus, foi de 311.111 plantas/hectare. Segundo o pesquisador Dr Ricardo Balardin, “a aplicação de fungicidas no estádio V5 da cultura, aliado com as aplicações e rigoroso cuidado no manejo a partir de R1, foi essencial para as altas produtividades”.

O que fez a diferença? Com a palavra, o consultor Narciso Albino Neto destaca que o clima favorável, seguido pela escolha do material genético com alto potencial produtivo, a rotação de culturas e o manejo do solo fizeram a diferença para a produtividade obtida.

O campeão nacional da categoria Irrigado, vem de Itapeva, SP. Com uma produtividade de 111,75, o campeão é o produtor Norio Fujisawa. Em uma área de soja de 901ha a produtividade média da área irrigada foi de 92sc/ha e da fazenda de 82 sc/ha.  A área do talhão campeão possui rotação de culturas a 15 anos, onde a última safra de soja foi 2017/18. A chuva (969mm) e a irrigação (81,3mm) foram em boa quantidade (1050,3mm) e relativamente bem distribuídos ao longo do ciclo da cultura.

A cultivar utilizada foi a Zeus, semeada no dia 07 de novembro de 2022, com 14,9 plantas/metro. A redução de 28% da emissão de CO2, 26% de redução da eutrofização de água doce, 26% de redução do consumo de recursos minerais e metais e redução de 18% do uso da terra contribuíram para o menor impacto ambiental. O que fez e faz a diferença segundo o consultor campeão Joabe Sojo, foi a rotação de culturas, o perfil do solo, a escarificação do solo, o espaçamento e distribuição de plantas, bem como as aplicações na hora exata e a irrigação.

E o grande campeão nacional, com uma produtividade de 134,46 sc/ha foi o produtor João Lincoln Reis da Veiga, de Nepomuceno, Minas Gerais. Em uma área total de soja da fazenda a produtividade média foi de 93,2 sc/ha. Em relação a chuva, no início do ciclo da cultura houve alguns momentos de baixa precipitação, mas no decorrer do desenvolvimento foi bem distribuída e em grandes quantidades (1349mm).

O grande campeão nacional, com uma produtividade de 134,46 sc/ha. Produtor João Lincoln Reis da Veiga, de Nepomuceno, Minas Gerais. Foto: Mais Soja

A cultivar utilizada para alcançar esta produtividade foi BMX Lança, semeada no dia 12/10/22, com uma população de plantas de 248.000/ha e um ciclo de 139 dias. Em média foram 114 grãos/plantas e um PMG de 210g. Um grande diferencial da propriedade foi o investimento na utilização de bioinsumos e nutrição de plantas.

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Com um ROI de 2,21 e um custo de R$6.622,00 a comercialização da safra ocorreu com um preço médio de R$ 158,00. Muito ecoeficiente, para cada kg de soja, com redução de 61% da emissão de CO2, redução de 65% do esgotamento de recursos hídricos, redução de 73% do consumo de recursos minerais e metais e redução de 36% do uso da terra.

Com a palavra o consultor Gerson Justo Junior destaca que a construção do perfil do solo, a escolha da cultivar mais adequada, conhecer a área, conhecer a fisiologia da planta e fornecedores de qualidade, foram os fatores que fizeram a diferença para a produtividade campeã.

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Fonte: Mais Soja



 

Equipe Mais Soja
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