De acordo com a primeira projeção para a safra 24/25 do algodão, divulgada em set/24, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a área cultivada de algodão no Brasil ficou estimada em 2,14 milhões de hectares, aumento de 7,35% em relação à safra 23/24. Esse crescimento foi reflexo, principalmente, da previsão de ampliação na área plantada em Mato Grosso e Bahia, principais produtores do país.
No que se refere à produtividade média, a expectativa para o ciclo futuro é de 123,95 @/ha de pluma, incremento de 0,61% em comparação à safra 23/24. Por fim, com o aumento projetado para a área cultivada e o rendimento médio, a produção total de pluma para a safra 24/25 ficou estimada em 3,97 milhões de toneladas, volume 8,00% superior ao do ciclo passado, sendo um novo recorde de produção para o país.
ALTA: o preço da ICE de dez/24 na bolsa de NY exibiu aumento de 4,94% na última semana, pautado, principalmente, pela decisão do FED em reduzir a taxa de juros americana.
ELEVAÇÃO: a paridade de exportação contrato de jul/25 registrou alta de 1,96% no comparativo semanal, puxada pelo incremento na cotação da ICE de jul/25 na bolsa de NY.
ACRÉSCIMO: a cotação da torta de algodão disponível em MT apresentou valorização de 0,15% em relação à semana passada, ficando precificada na média de R$ 679,38/t.
De acordo com os dados do projeto Acapa-MT, em ago/24, o Custeio do algodão para a safra 24/25 ficou estimado em R$ 9.801,76/ha
Esse valor representa recuo de 0,11% ante a estimativa de jul/24. No que tange aos demais indicadores, o COE, COT e o CT ficaram estimados em R$ 13,301,91/ha, R$ 14.230,91/ha e 15.867,21/ha, respectivamente.
Diante disso, ao analisar o ponto de equilíbrio (P.E.), para que o cotonicultor consiga cobrir o COE, COT e o CT da safra 24/25, considerando a mesma produtividade média do ciclo 23/24 de 120,94 @/ha de pluma, é necessário negociar o seu produto a pelo menos R$ 109,98/@, R$ 117,67/@ e R$ 131,19/@, na mesma ordem.
O preço médio ponderado da comercialização da safra 24/25 até ago/24 ficou em R$ 131,69/@, cobrindo, até o momento, todos os custos da cotonicultura. No entanto, apenas 21,84% da produção estimada para o ciclo foi comercializada, atraso de 19,79 p.p. ante a média dos últimos anos, o que é um ponto de atenção para o produtor, diante das incertezas sobre a evolução dos preços da pluma.
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Fonte: IMEA