Mesmo que o produtor de soja e de milho “tirem o pé” na hora de decidir plantar, deve haver uma migração de área para outras culturas, como algodão, café e cana-de-açúcar. A avaliação é da Janice Prestes, diretora regional comercial da Mosaic Fertilizantes, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras News, durante o 14o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que aconteceu em Fortaleza.
“Como o algodão demanda quase três vezes mais fertilizantes, deve compensar a possível menor procura para soja e milho”, explica a entrevistada. “Seguimos acreditando em uma participação crescente da Mosaic, até porque a pluma deve ter novo avanço de área na safra 2024/25”, pondera.
Em relação aos fertilizantes nitrogenados, o mercado deve aquecer nas próximas semanas. “O produtor deve estar atento ao preço, às relações de troca e ao dólar, que anda em ondas”, enumera Prestes. Para o potássio, o atual preço está num patamar baixo, o que favorece as aquisições.
O cenário para o fósforo é de estoques curtos no Brasil. “O produtor deixa para adquirir na boca da safra, o que cria gargalos logísticos”, lembra a diretora. “A verdade é que já estão acontecendo atrasos”, frisa, acrescentando que quase 80% do produto vem do exterior.
Esta postergação na compra dos fertilizantes pode causar filas de navios em portos e atrasos nas entregas ao produtor, o que pode refletir no início do plantio.
Autor/Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News