A semana foi marcada por uma demanda local mais ativa, enquanto o produtor dosou a oferta devido ao período de entressafra. Esse movimento deu suporte às cotações domésticas, enquanto o mercado físico de algodão seguiu na contramão da Bolsa de Nova York, que apresentou perdas pela sexta sessão consecutiva, informou a Safras Consultoria.
A ideia para o algodão no CIF de São Paulo fechou a quinta-feira (19) cotada a R$ 4,18 por libra-peso, um recuo de 0,24% em relação ao preço registrado na quinta-feira (12) da semana passada, quando estava em R$ 4,19 por libra-peso. Já o valor pago ao produtor na região de Rondonópolis, no Mato Grosso, permaneceu em R$ 3,99 por libra-peso, o que corresponde a R$ 132,03 por arroba. Há uma semana, o valor era de R$ 4,01 por libra-peso (R$ 132,76 por arroba).
Projeção para safra 2024/25 – Imea
A área de plantio do algodão está prevista em 1,54 milhão de ha, incremento de 4,99% ante a safra 23/24. Cabe destacar que, devido aos fatores climáticos, a semeadura da soja atrasou no ciclo 24/25, no entanto, ao contrário do que ocorreu na safra 23/24, no ciclo atual os produtores optaram por continuar o plantio da soja.
Desse modo, um ponto de atenção será o ritmo da colheita da oleaginosa, que pode comprometer a semeadura do algodão de segunda safra. Em relação à produtividade, a projeção da média MT ficou em 284,34 arroba/ha. Assim, espera-se uma produção de algodão 2,34% maior que a da safra 23/24, de 6,55 mi de t. As cotações futuras seguem lateralizadas, sem fatores, a curto prazo, que indiquem uma valorização expressiva. Esse cenário limitou as vendas no estado no decorrer do ano, que atingiram, em dezembro/24, 45,61% da produção estimada, estando 1,02 p.p. atrás do mesmo período da safra 23/24.
Por fim, a tendência dos preços e o ritmo da semeadura do algodão serão primordiais para a decisão final do cotonicultor quanto à real área a ser cultivada. As informações partem do Imea.
Fonte: Sara Lane / Safras News