O estádio V10 caracteriza-se por apresentar a décima folha com colar visível (estrutura encontrada na base da folha).

Nesse estádio as raízes aéreas começam a se desenvolver nos nós da planta, logo acima da superfície do solo. Até esse estádio a taxa de desenvolvimento das folhas é de aproximadamente 2 a 3 dias por folha.


Veja também: Desenvolvimento da cultura do milho: nona folha (V9) x manejo


Figura 1: Milho em estádio V10.

 

Fonte: IPNI.

Durante os estádios de V6 a V11 as plantas de milho iniciam um período de alongamento muito rápido do internódio. O ponto de crescimento se move acima da superfície do solo em torno de V6, e a planta fica suscetível às lesões ambientais ou mecânicas que podem danificar o ponto de crescimento (Figura 2).

Figura 2: Vista dissecada de uma planta em V6 mostrando o relacionamento do ponto de crescimento com a superfície do solo e as gemas de milho em desenvolvimento.

Fonte: IPNI.

Como resultado deste crescimento rápido, as três ou quatro folhas menores, incluindo a primeira folha verdadeira, podem ser separadas do talo e se decompor. Quando isso ocorre, outras técnicas são utilizadas para determinar o estádio vegetativo de desenvolvimento.

Uma maneira utilizada para identificar o estádio de desenvolvimento é dividir o colmo longitudinalmente. Os quatro primeiros nós estarão firmemente comprimidos sem internódios visíveis, assim, o nó acima do primeiro internódio é caracterizado pelo quinto nó da planta.



Esse primeiro internódio perceptível terá aproximadamente 0,6 cm de comprimento. Identificando a folha presa ao quinto nó, basta contar os colares foliares acima para determinar o estádio vegetativo (Figura 3).

Figura 3. Porção inferior do colmo do milho dividido longitudinalmente mostrando o desenvolvimento nodal, alongamento do inernódio e posicionamento da raiz nodal.

Fonte: IPNI.

Outra maneira para determinar o estádio da planta é identificar a sexta folha. Ao encontrar o nó na superfície do solo – e se o solo não for perturbado (sem cultivo) –, normalmente esse será o sexto nó. Para determinar o estádio vegetativo, é preciso identificar a folha presa ao sexto nó (folha 6) e contar as abas foliares sucessivas acima disso.

No Brasil, assim como no Cinturão Central do Milho dos Estados Unidos, o número de fileiras de grãos ao redor do sabugo é estabelecido próximo a V7, no momento em que os primórdios da espiga (Figura 2) e/ou os perfilhos ficam visíveis, bem como o pendão (Figura 4).

Figura 4. Parte superior do colmo com pendões visíveis, planta em V7.

Fonte: IPNI.

Haverá sempre um número par de fileiras, como resultado da divisão celular. A média da maioria dos híbridos de maturidade intermediária é de 14 a 18 fileiras de grãos. Espigas que apresentam número de grãos por fileira inferior a 12, podem ter sido expostas a algum tipo de estresse no momento da diferenciação.

O número absoluto é fortemente controlado pela genética do híbrido e, muitas vezes, consistente em um híbrido em uma determinada geografia.

Próximo ao estádio V10, a planta de milho inicia um rápido e contínuo crescimento, com acumulação de nutrientes e peso seco, os quais continuarão até os estádios reprodutivos. Há uma grande demanda no suprimento de água e nutrientes para satisfazer as necessidades da planta.

Práticas de manejo para V10

A demanda por nutrientes (Potássio – K > Nitrogênio – N > Fósforo – P) e água (6 mm por dia) pela cultura é alta. Calor, seca e deficiência de nutrientes podem afetar o número de grãos e o tamanho da espiga.

É necessária atenção para possíveis problemas de raízes (acamamento) e doenças (por exemplo, ferrugem comum – Puccina sorghi ou mancha por Physoderma – Physoderma maydis).

O controle de plantas daninhas é essencial, uma vez que o milho não tolera competição por água, luz e nutrientes no começo do seu desenvolvimento.

Quer saber sobre os demais estádios de desenvolvimento da cultura? Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (SiteFacebookInstagramLinkedine fique por dentro dessa série que foi elaborada pensando em você!



Fonte das informações: IPNI.

Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

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