É imprescindível que o produtor entenda como ocorrem o crescimento e o desenvolvimento de sua lavoura para uma melhor e mais eficiente tomada de decisão em relação ao manejo, na cultura do milho, não é diferente.

O sistema de estádios empregado na cultura do milho divide o desenvolvimento da planta em estádios vegetativos (V) e reprodutivos (R). As subdivisões dos estádios V são designadas numericamente como V1, V2, V3, etc., até V(n), no qual (n) representa o último estádio foliar antes de VT para o híbrido específico considerado. O primeiro e o último estádios de V são designados como VE (emergência) e VT (pendoamento). O (n) variará de acordo com o híbrido e as diferenças ambientais.

As seis subdivisões dos estádios reprodutivos são designadas numericamente, sendo apresentados seus nomes comuns na Tabela 1. Cada estádio foliar é definido de acordo com a folha de inserção mais alta cuja aurícula seja visível.

Fonte: IPNI.

A primeira parte da aurícula que é visível é o verso, o qual aparece como uma linha descolorida entre a lâmina foliar e a bainha (Figura 1 e Figura 3). A primeira folha, que é caracteristicamente ovalada, é um ponto de referência para contar de baixo para cima até a aurícula visível de inserção mais alta.

Figura 1. Plântula V2.

Fonte: IPNI.

Figura 2. Parte inferior do colmo.

Fonte: IPNI.

Figura 3. Espiga de milho.

Fonte: IPNI.

Entretanto, começando por volta do estádio V6, o aumento do crescimento do colmo e das raízes nodulares combinam-se para remover as pequenas folhas de inserções mais baixas da planta, resultando em degeneração e eventual perda das folhas.

Para determinar o estádio foliar após a perda das folhas inferiores, divida o colmo da parte de baixo da planta no sentido do comprimento (Figura 2) e inspecione a elongação do internódio. O primeiro nó acima do primeiro internódio do colmo geralmente é o nó da quinta folha. Este internódio geralmente tem 1 cm de comprimento. Este nó da quinta folha pode ser usado como ponto de referência para a contagem até a lígula da folha de inserção mais alta.

Figura 4. Grão de milho.

Fonte: IPNI.

No Brasil, a classificação das cultivares quanto à duração do ciclo de maturação é fundamentada no acúmulo de graus-dia até o florescimento. O conceito de graus-dia baseia-se em observações de que o crescimento e o desenvolvimento das plantas em diversos ecossistemas são mais relacionados com o acúmulo de temperatura acima de um certo valor base (10o C para o milho) do que apenas com o tempo.

A diferença entre a temperatura média diária e a temperatura mínima ou temperatura base (10o C) nos fornece o valor diário de graus-dia. Quando a temperatura máxima for maior do que 30o C considera-se este valor.

A classificação é a seguinte: milhos Hiperprercoces < 790 GD; Precoces > 790 e < 830 GD; Precoces/ Intermediários > 830 e < 889 GD e Semiprecoces/Tardios > 890 GD.

A divisão do ciclo da cultura do milho em estádios distintos de desenvolvimento (vegetativos V e reprodutivos R) permite o estabelecimento de relações entre elementos ligados à fisiologia da planta, ao clima, aos aspectos fitotécnicos e fitossanitários e o desempenho da cultura.

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Fonte das informações destacadas: IPNI.

Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

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