O controle de plantas daninhas é indispensável para reduzir as perdas de produtividade em função da matocompetição. Contudo, embora muito se direcione o manejo e controle das plantas daninhas à pós-emergência das culturas, estabelecer a lavoura no limpo é uma das principais e mais eficientes estratégias pare reduzir o impacto da matocompetição no início do desenvolvimento da cultura.

Pensando nisso, é importante atentar para o manejo das plantas daninhas no pós-colheita das culturas que antecedem a soja, como o trigo e /ou o milho safrinha. Vale lembrar que no início do ciclo de desenvolvimento, a cultura e as plantas daninhas podem conviver por determinado período sem que ocorram danos à produtividade, período conhecido como PAI (período anterior a interferência) (Agostinetto et al., 2008), no entanto, esse período varia em função da cultura e planta daninha, e é relativamente curto.


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Nesse sentido, o ideal é que, a partir da emergência, a cultura cresça livre da presença de plantas daninhas para que sua produtividade não seja alterada, e o estabelecimento da cultura no limpo é indispensável para isso. Em função dos elevados fluxos de emergências das plantas daninhas oriundas dos bancos de sementes no solo, é comum observar a presença de populações de plantas daninhas no final do ciclo das culturas.

Embora o processo de colheita proporcione o corte das plantas remanescente, diversas espécies de plantas daninhas apresentam a capacidade de rebrote, e é nesse ponto que medidas de controle devem ser adotadas para reduzir a interferência na cultura sucessora.

Figura 1. Plantas daninhas remanescentes em meio a palhada de milho.
Fonte: Professores Alfredo & Leandro Albrecht (2022)

O controle das plantas daninhas na entressafra possibilita não só o estabelecimento da lavoura sucessora em melhores condições ambientais, como também evita o aumento do banco de sementes do solo.

Além disso, vale destacar que algumas espécies tradicionais em lavouras anuais como capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), buva (Conyza sp.), caruru (Amaranthus) e picão-preto (Bidens sp.) apresentam resistência relatada a determinados herbicidas, incluindo o glifosato, o que dificulta ainda mais o controle em pós-emergência na soja, tornando ainda mais importante medidas complementares de manejo.

Confira o vídeo abaixo com as dicas do processor e pesquisador Alfredo Albrecht.


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Referências:

AGOSTINETTO, D. et al. PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS COM A CULTURA DO TRIGO. Planta Daninha, 2008. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/pd/a/38w45d7PPbg7sJFKKJwCfQD/?format=pdf&lang=pt >, acesso em: 18/06/2024.

 

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