Devido à grande demanda chinesa por soja norte-americana, os preços continuaram acima de US$ 10,00/bu na bolsa de Chicago na última semana. Já em MT, a alta do dólar e o momento de baixa oferta do grão no mercado disponível levaram à valorização semanal da soja em 2,98%.
Vale ressaltar que há vários dias o preço em MT está acima do preço em Chicago (confira o painel de decisão abaixo no indicador de número 8), o que não é normal quando se analisa o histórico da relação de base entre MT e CME-Group.
Aliás, as valorizações também ocorreram nos contratos futuros: segundo levantamento feito pelo Imea, algumas praças registraram preços de R$ 101,00/sc para a safra 21/22, favorecendo ainda mais a relação de troca com os insumos para a temporada seguinte. Falando nisso, a comercialização de insumos da soja para a safra 21/22 está acima de 16,00% (até final de agosto), patamar recorde para o período.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• O Indicador Imea-MT fechou mais uma semana com as cotações em alta (2,98%). Um dos motivos foi a grande procura pela soja no estado, que ficou cotada a R$ 133,68/sc na média semanal.
• Apesar de ainda apresentar preços em patamares elevados – se mantendo acima dos US$ 10,00/bu – as cotações (contrato corrente)na CME-Group apontaram queda de -0,68% namédia semanal.
• O indicador Cepea PNG registrou aumento de 7,12% ante a semana passada, tendo como “drivers” a alta das cotações em Chicago e do dólar.
• A valorização dos subprodutos da soja continuou na última semana. A relação Soja/farelo e óleo registrou aumento de 20,38%, ficando em média a R$ 536,23/t.
Atrás da média:
A semeadura de soja teve início no estado e apresentou 0,75% das áreas semeadas até sextafeira. O menor volume de chuvas até então atrasou os trabalhos a campo, que estão 1,93 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos.
Como a previsão para os próximos 30 dias (TempoCampo) indicam chuvas entre 25 e 50 mm para a maior parte do estado, os trabalhos podem acelerar nas próximas semanas, principalmente na região norte, em que os volumes podem superar os 100 mm. Aliás, uma das situações que pode ocorrer é a concentração da semeadura em poucos dias, o que poderá levar à concentração da época de desfolha e maturação da soja.
Mas isso afeta algo? Se ocorrer uma concentração de chuva intensa próximo da colheita, sim. Porém, o agricultor costuma escalonar o cultivo da soja de acordo com o ciclo de cada cultivar, sem falar da tendência crescente do uso de cultivares de ciclo superprecoce, o que pode amenizar esse possível problema.
Fonte: IMEA