A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha. A cultura segue em implantação. A evolução da operação foi lenta, atingindo apenas 2% no período, devido ao escalonamento e à atenção dos produtores a outras culturas. O desenvolvimento é adequado, em que pese alguns efeitos das temperaturas mais baixas, como a diminuição do porte de plantas e os danos, em algumas lavouras, causados pelas geadas ocorridas em 02/11. A fase predominante é o desenvolvimento vegetativo, mas 11% das lavouras iniciaram o processo reprodutivo, que demanda maior suprimento de água para manter o potencial produtivo.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, houve a formação de geadas que causaram prejuízos em lavouras nos Campos de Cima da Serra, onde, em muitas delas, será necessário o replantio em pontos mais baixos, de concentração do frio, para recuperação de população ideal de plantas. Em Vacaria, as temperaturas médias diárias não ultrapassaram 12°C, o que repercutiu no baixo desenvolvimento das plantas.
Na de Erechim, as lavouras estão com ótimo aspecto; 2% delas estão em início do pendoamento, e 98% em desenvolvimento vegetativo.
Na de Ijuí, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. A formação de geada provocou danos pontuais nas folhas apicais em algumas lavouras. Nas plantas em estádios iniciais de desenvolvimento, o aspecto visual de dano é maior, mas não houve comprometimento no estande, e não será necessário o replantio. As lavouras mais antigas iniciaram o estádio reprodutivo (3%) e apresentam porte mais baixo, mas com elevada massa foliar, mantendo o potencial produtivo inicial.
Na de Pelotas, a área semeada representa apenas 21% da projeção. A região tradicionalmente escalona o plantio até o final de dezembro, visando a minimizar riscos e a atender à demanda de autoconsumo da propriedade.
Na de Porto Alegre, a maior parte das lavouras já está implantada; 98% encontram-se em estágios de desenvolvimento vegetativo, e 2% em início do florescimento. No período, os produtores realizaram o controle de cigarrinhas, com a aplicação de inseticidas convencionais.
Na de Santa Maria, foram semeadas em torno de 55% das lavouras previstas; 90% estão em desenvolvimento vegetativo, e 10% em floração. A semeadura deverá avançar somente após a colheita de lavouras de fumo, com o cultivo do cereal em sucessão.
Na de Santa Rosa, 82% da área prevista está implantada, e 18% será em safrinha. As lavouras apresentam 75% em fase de desenvolvimento vegetativo e 25% em floração. O desempenho e a aparência dos cultivos melhoraram após a sequência de chuvas, das temperaturas mais elevadas durante o dia e das adubações nitrogenadas em cobertura.
Na de Soledade, foi implantada 60% da cultura. Apesar dos períodos de temperaturas amenas e, em alguns momentos, frias, o aspecto geral das lavouras é considerado ótimo. As lavouras mais antigas, localizadas no baixo Vale do Rio Pardo, e que representam 2% do cultivo do cereal na região, estão em fase de pendoamento. Já no Alto da Serra do Botucaraí e CentroSerra, as regiões de maior altitude, as lavouras encontram-se na fase inicial de desenvolvimento. Nestas foram realizados o controle de plantas invasoras em pós-emergência e a aplicação de adubos nitrogenados em cobertura e de inseticidas para o controle de cigarrinhas.
Comercialização (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio cresceu +0,21%, passando de R$ 84,20 para R$ 84,38. O produto disponível em Cruz Alta foi cotado em R$ 93,00.
Milho silagem
A área estimada de milho destinado à silagem para a safra 2022/2023, no Rio Grande do Sul, é de 365.467 hectares. A produtividade estimada permanece em 37.857 kg/ha. A área semeada representa 50% da projetada, e, desse total, 92% encontram-se em desenvolvimento vegetativo e 8% em floração. Devido à sequência de dias mais frios, as lavouras apresentam um porte mais baixo, mas com excelente população de plantas por hectare, que poderá compensar no volume colhido para manutenção da produtividade.
Fonte: Autor: Informativo Conjuntural – n° 1736 – Emater/RS
