Mais um passo importante para a produção de inimigos naturais do bicudo do algodoeiro em laboratório está sendo dado pela Embrapa e Associação Mineira dos Produtores de Algodão ( Amipa ). Na semana passada, o supervisor técnico de produção da instituição Alerrander Santos esteve na sede da Embrapa Algodão (Campina Grande, PB) para capacitação sobre Produção de dieta artificial para parasitóides do bicudo. O treinamento realizado no período de 7 a 9 deste mês faz parte do projeto de cooperação entre as duas instituições, que visa produção em larga escala de inimigos naturais da principal praga da cultura no Brasil. 

Acompanhado pelo analista da Embrapa Algodão, Geraldo Di Stefano (atualmente lotado na sede da Amipa, em Uberlândia, MG), o supervisor da Amipa foi recebido pela chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Nair Arriel, e coordenador do pela Embrapa Algodão , Raul Almeida.

O objetivo da parceria é desenvolver uma metodologia para produção em larga escala do agente biológico Catolacus Grandis e Bracon vulgaris , parasitóides que podem ser utilizados para a redução da população do bicudo do algodoeiro. Uma parceria ainda envolve o controle de qualidade na produção Trichogramma pretiosum, agente de controle biológico que já é produzido em larga escala pela biofábrica da associação para controle de lepidópteros (lagartas de borboletas e mariposas).

Segundo o coordenador do projeto, a etapa seguinte ao treinamento será a preparação de um protocolo básico para que a Amipa possa avançar na produção dos inimigos naturais do bicudo na sua biofábrica.

Di Stefano destacou a importância do projeto para uma cotonicultura mais sustentável. “Nesta safra 2020/21 os produtores de tomate, café, ervilha, soja, etc., Obrigar a enviar ao campo 74 toneladas de plástico em embalagens, aplicar de aplicar 127 mil litros de inseticidas e queimar 11 mil de óleo diesel graças ao controle biológico . Imagina quando ampliar isso para outras culturas e outros agentes biológicos. Isso é pura economia circular sem desperdício e pura logística reversa ”, observou.

Fonte: Embrapa Algodão

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