COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA

Em ago/23, a comercialização da soja para a safra 2022/23 alcançou 88,85% da produção, avanço de 5,26 p.p. ante a jul/23. Esse cenário foi pautado pela alta nos preços da oleaginosa, o que influenciou o produtor a negociar maiores volumes. Desse modo, o preço médio em ago/23 fechou em R$ 118,33/sc, aumento de 4,39% em relação ao mês anterior. Vale ressaltar que o percentual negociado para a temporada ficou, pela primeira vez, acima do observado na safra passada, com diferença de 1,29 p.p. No que tange à safra futura (23/24), as negociações em ago/23 alcançaram 25,76% da produção estimada, avanço de 4,65 p.p. em relação ao mês anterior. Esse avanço é justificado pela necessidade de travar os custos para a temporada e pelo aumento nos preços da soja futura. Em relação ao preço, o valor médio negociado da soja teve alta de 4,95% no comparativo mensal, fechando ago/23 em R$ 110,63/sc.

Confira os destaques do Boletim:

DÓLAR EM ALTA: o dólar exibiu valorização de 1,90% em relação a semana passada, e ficou cotado R$ 4,99/US$ na média semanal.

BASE MT-CME: o diferencial de base MT e Chicago reduziu 1,70% no comparativo semanal, fechando na média de -R$ 28,95/sc, devido o recuo da soja na CME-Group.

PARIDADE: o mercado apontou queda no valor da soja em Chicago. Devido a essa desvalorização, a paridade caiu 0,25% no comparativo semanal e fechou a R$ 117,96/sc.

Segundo a Secex, entre jan/23 a ago/23 o Brasil já exportou 80,85 milhões de t de soja, alta de 2,70 ante o volume total exportado em 2022

Em relação ao destino, a China, a Argentina e o México compraram mais soja em jan. a ago/23, que no fechamento de 2022, alta de 5,74%, 1177,98% e 106,84% em relação ao comparativo, respectivamente. Quanto a MT, o estado participou com 32,05% do volume escoado pelo país, totalizando 25,92 milhões de t de jan/23 a ago/23. No que tange aos países, a China, o México e a Argentina também chamaram atenção pelo recorde nas compras, principalmente os “hermanos”, que nunca adquiriram grandes volumes. Para se ter uma ideia, o total comprado pela Argentina na série histórica inteira (período de 1997 a 2022) não superou 45,00 mil t e, neste ano, já foram enviadas 1,04 milhão de t. Por fim, o recorde nas exportações do estado é justificado pela grande produção e pela queda do preço da soja, o que deixou o produto mais competitivo no mercado internacional.

Fonte: Boletim semanal n° 766 – Soja – Imea



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