Visando a obtenção de boas produtividades em culturas produtoras de grãos, algumas práticas de manejo, sejam nutricionais ou fitossanitárias, necessitam ser realizadas em períodos específicos do desenvolvimento da planta, proporcionando melhor aproveitamento dos insumos ou proteção da cultura. Com o trigo não é diferente, a planta apresenta alguns períodos sensíveis a pragas e patógenos, assim como períodos de maior exigência nutricional.

Para o adequado posicionamento de práticas de manejo e de produtos fitossanitários, é necessário conhecer os estádios do desenvolvimento do trigo, tendo como base, as escalas do desenvolvimento fenológico da cultura. Atualmente, existem duas escalas principais do desenvolvimento do trigo, a escala de Feeks (1940), modificada por Large (1954) e a escala de Escala decimal de Zadoks.

Essas escalas fenológicas descrevem as fases do desenvolvimento do trigo, com base em características de crescimento e de desenvolvimento da planta. A escala proposta por da escala de Feeks (1940), modificada por Large (1954) divide o ciclo de desenvolvimento do trigo em cinco fases, sendo elas: afilhamento, alongamento, espigamento, florescimento e maturação. Já a escala de Zadoks proporciona uma visão mais detalhada de cada estádio, pois está dividida em 10 etapas e, cada uma, em 10 subetapas, sendo, portanto, mais indicada para trabalhos que exigem maior precisão por apresentar maior detalhamento (Scheeren; Castro; Caierão, 2015).

Ambas as escalas podem ser utilizadas para análise e determinação do estádio do desenvolvimento do trigo, sendo necessário, definir a escala usada para possibilitar a comunicação técnica para posicionar práticas e estratégias de manejo. Embora demonstre maior detalhamento do desenvolvimento do trigo, a escala de Zadoks exige maior perícia para uso, sobretudo, quando bem utilizada, pode contribuir efetivamente para melhorar práticas de manejo e posicionamento de estratégias de produção. Confira abaixo as escalas de a escala de Feeks (1940), modificada por Large (1954) e a escala de Zadoks.



Tabela 1. Estádios fenológicos da escala de Feeks (1940), modificada por Large (1954).

Adaptado: Cunha & Caierão (2023); Montecelli et al. (2014)

Tabela 2. Descrição dos estágios de crescimento da escala decimal de Zadoks.

Adaptado: Cunha & Caierão (2023)

Figura 1. Estádios do crescimento do trigo conforme escala de Zadocks (1974).

Fonte: Montecelli et al. (2014)

Veja mais: Fitotoxicidade em plantas jovens de trigo – Qual a principal causa e como evitar?



Referências:

CUNHA, G. R.; CAIERÃO, E.; INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRA 2023. 15ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale; Embrapa, 2023. Disponível em: < https://www.conferencebr.com/conteudo/arquivo/informacoestecnicastrigotriticalesafra2023-1683736866.pdf >, acesso em: 12/06/2023.

MONTECELLI, A, et al. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE – SAFRA 2014. VII Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale; Fundação Meridional, 2014. Disponível em: < https://www.embrapa.br/documents/1355291/1729833/Livro+Trigo+e+Triticale+-+21-05-14.pdf/3be16e3a-1136-47bd-95ba-7439b09c23d7 >, acesso em: 12/06/2023.

SCHEEREN, P. L.; CASTRO, R. L.; CAIERAO, E. BOTÂNICA, MORFOLOGIA E DESCRIÇÃO FENOTÍPICA.  Trigo: do plantio à colheita. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2015. Cap. 2, p. 35-55, 2015. Disponível em: < https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1022686 >, acesso em: 12/06/2023.

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