A comercialização da safra 20/21 prosseguiu em ritmo lento, exibindo avanço de 0,46 p.p. no último mês, em função da baixa disponibilidade da safra, com 99,29% da produção negociada.
Dentre as regiões, apenas a centro-sul, médio-norte e sudeste ainda não finalizaram seu ciclo de comercialização, e com relação ao preço médio comercializado, houve uma alta de 7,19% no comparativo mensal (R$ 160,22/sc).
Na safra 21/22, 55,23% da produção foi negociada, com o maior movimento no mercado ocorrendo em função da valorização dos contratos da soja na bolsa de Chicago em jan/22, em meio às preocupações com o clima na América do Sul.
Desse modo, o preço médio negociado exibiu alta de 2,93% no comparativo mensal (R$ 162,32/sc). Para a safra 22/23, 12,27% da produção já foi comercializada e, assim como na 21/22, o incremento de 1,47% no preço médio negociado (R$ 153,85/sc) impulsionou o avanço das vendas em 3,47 p.p. em jan/22.
Confira agora os principais detalhes do boletim:
- Soja em alta: motivada pela alta no mercado internacional, a saca de soja mato-grossense teve valorização de 4,49% ante a semana passada.
- Chicago subiu: diante das preocupações com as perdas na América do Sul, houve aumento de 6,88% na CME-Group no comparativo semanal.
- CEPEA valoriza: com a redução na perspectiva de produção, realizada pela Conab, a saca brasileira exibiu aumento de 4,66% em relação à semana passada
A estimativa de área de soja do Imea para a safra 21/22 registrou aumento de 4,31% com relação à safra anterior em Mato Grosso.
Com a valorização dos preços, a alta demanda externa e o cenário favorável para o cultivo da oleaginosa, o novo levantamento do Instituto revisou a área de plantio em 10,92 milhões de hectares no estado.
Dentre as regiões que apresentam incremento de área no comparativo anual, a nordeste (+2,22) se destaca em função do aumento da conversão de áreas de pastagens em agricultura.
No que tange à produtividade, apesar dos reportes pontuais de alta umidade observada em algumas regiões do estado, ainda assim, os registros das lavouras em boas e excelentes condições indicam um aumento dos rendimentos em 4,97% com relação à safra 20/21, fechando na média de 60,27 sacas por hectare.
Por fim, se concretizadas as estimativas, é esperada uma produção de 39,48 milhões de toneladas para a temporada, o maior registro da série histórica do Instituto.
Fonte: IMEA