CUSTO DE PRODUÇÃO:
O Imea divulgou a nova estimativa do custo de produção da soja para a safra 23/24 em Mato Grosso referente ao mês de dez.22. Na média da safra, o custeio exibiu recuo de 4,80% em relação à temporada passada, e ficou previsto em R$ 4.674,42/ha. Essa redução foi pautada pela queda nos preços dos insumos em relação à safra 22/23, principalmente as despesas com macronutrientes (–24,14%) e com sementes (–13,18%). Desse modo, o Custo Operacional Efetivo (COE) apresentou leve redução de 0,42% ante a safra passada, e ficou em R$ 6.756,04/ha. Por fim, para que o produtor de Mato Grosso consiga custear o seu COE é necessário que venda sua produção por pelo menos R$ 106,66/sc, uma redução de 0,42% em relação ao ponto de equilíbrio da safra 22/23. Apesar disso, o PE exibiu alta de 37,15% no comparativo com a média dos últimos cinco anos.
Confira os destaques do boletim:
DÓLAR CAI: devido a inflação americana, o dólar desvalorizou 0,27%, no comparativo semanal, sendo cotado na média a R$ 5,17/US$.
CHICAGO SOBE: com o clima seco na Argentina atrapalhando o desenvolvimento da soja,
a cotação da oleaginosa na CME–Group aumentou 0,14%, no comparativo semanal.
SOJA MT EM QUEDA: com a maior oferta de soja em MT e a queda do dólar, o valor da
oleaginosa caiu 3,27% no comparativo semanal, e ficou cotada na média de R$ 149,17/sc.
Segundo a Secex, a exportação da soja brasileira em 2022 apresentou recuo anual de 8,34%, com volume de 78,93 milhões de toneladas
A queda foi pautada, sobretudo, pela menor produção brasileira, principalmente da safra do Sul. Do total exportado, a China foi responsável por demandar 68,08% da produção nacional, o que totalzou 53,74 milhões de t, declínio de 11,14% ante 2021. Dentre os principais concorrentes do Brasil no mercado chinês, a Argentina, que teve sua safra de soja reduzida em função de problemas climáticos, diminuiu em 15,85% os envios para o país asiático em 2022, segundo a Reuters. Por outro lado, os EUA foram os maiores beneficiados com esse cenário, com alta anual de 12,50% nas exportações para a China, enviando mais de 30 milhões de t (USDA). Por fim, é importante destacar que o país asiático reduziu as compras em 2022 devido à política de Covid zero, porém, no final do ano foi ampliado a flexibilização no combate ao vírus, o que aumentou a expectativa de alta no consumo de soja em 2023.
Fonte: Boletim semanal n° 733 – Soja – IMEA