As exportações da pluma norte-americana em 2020 estão menores em relação ao ano passado. Desse modo, de janeiro a agosto foram escoados 2,75 milhões de toneladas da fibra, um recuo de 0,65% em relação a 2019. Tal cenário é reflexo dos impactos causados pela Covid-19, que afetaram a economia dos principais países consumidores da pluma.

Por outro lado, a China voltou a destinar boa parte da sua demanda para os produtos americanos e aumentou suas compras em 146,85% no comparativo com o mesmo período do ano passado, resultado do acordo comercial entre os dois países no início deste ano, amenizando os conflitos que duraram cerca de dois anos.

Ademais, é importante destacar que a permanência do atual relacionamento entre as duas potências poderá influenciar diretamente o Brasil (segundo maior exportador de pluma), forçando o país a encontrar novos destinos para a sua produção excedente.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Com uma maior disponibilidade da fibra no mercado disponível e pequenos negócios acontecendo, o preço Imea-MT caiu 4,63% em relação à semana passada, ficando cotado a um preço médio de R$ 99,78/@.

• As paridades de exportação tiveram recuo semanal de 1,52% e 1,12%, para os contratos de dez/20 e jul/21, respectivamente, pautado pela queda da moeda norte-americana e na cotações da ICE.



• Devido à influência do mercado externo na semana passada, o dólar recuou 0,72% no comparativo semanal, alcançando R$ 5,32/US$.

• Na última sexta-feira (11/09) terminou mais uma colheita de algodão em MT. O início dos trabalhos ocorreu de forma lenta nesta safra, no entanto, o produtor conseguiu intensificar o processo a campo e encerrar acima da média das últimas cinco safras.

Exportação recorde?

Em 2020 as exportações da pluma nacional têm se destacado. Assim, segundo a Secex, o Brasil já escoou 1,02 milhão de toneladas neste ano (jan–ago), um avanço de 63,15% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já MT foi responsável por 68,95% do escoamento brasileiro, enviando ao exterior cerca de 704,75 mil toneladas, incremento de 76,61% no comparativo anual. Os principais compradores da fibra mato-grossense até o momento são a China, Vietnã e Turquia, que juntos representam 52,84% dos embarques do estado. No entanto, a China vem cumprindo com o acordo firmado com os EUA e destinando boa parte da demanda para a pluma norte-americana.

Diante desse cenário, fica a preocupação quanto ao próximo ano, uma vez que as comercializações para a safra atual e a futura têm “andado de lado” nos últimos meses e com a pandemia ainda limitando o setor têxtil mundial, o produtor poderá ter dificuldades para destinar sua produção.

Fonte: Imea

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