Um novo fertilizante desenvolvido totalmente com tecnologia nacional, que tem como grande diferencial o encapsulamento do potássio e a presença de fósforo proveniente de fontes alternativas, está cada vez mais próximo de ficar à disposição dos produtores. O fertilizante inteligente, como vem sendo chamado, é adequado aos diferentes tipos de solo brasileiro.

O projeto, desenvolvido pela catarinense SulGesso com apoio das áreas de engenharia mecânica e agronômica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contou com recursos de subvenção da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), na ordem de R$ 4 milhões. Iniciado em 2020, o projeto deve ser concretizado até o final do primeiro semestre deste ano.

O fertilizante já possui pedido de patente em análise junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e será lançado em breve no mercado.

Durante a realização do projeto, importantes marcos foram alcançados pela SulGesso, empresa atuante na industrialização e comercialização de sulfato de cálcio no Sul do Brasil. Um deles foi a possibilidade de realizar a engenharia reversa em tecnologias de granulação a seco e a constituição de uma unidade de produção piloto totalmente funcional, contemplando diferentes tecnologias de obtenção de fertilizantes granulados. Estas conquistas oportunizam novos projetos em escala comercial, junto à Finep, e contribuem para a retomada da indústria nacional do setor de equipamentos industriais.

FINEP: “Projeto Inova Mineral”

Voltada para o fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades e outras instituições públicas ou privadas, a Finep promove o incentivo de projetos para vários setores. No caso da SulGesso foi a Chamada Pública, intitulada “Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade, Inovação no Setor de Mineração e Transformação de Mineral – Inova Mineral” – que apoiou o projeto da divisão de nutrição vegetal da SulGesso, a MaxiSolo.

Foto: SulGesso

Ao longo do projeto, todos os passos foram acompanhados por especialistas da Finep. Na última visita realizada no mês de abril pelo analista André Cabral de Souza, ele conferiu as instalações e alguns setores da empresa para acompanhar os últimos ajustes do projeto. Na ocasião, Cabral de Souza, viu de perto os resultados técnicos alcançados durante a execução do projeto, principalmente dos produtos encapsulados com toda sua tecnologia embarcada e seus respectivos resultados agronômicos. O analista destacou a importância do novo fertilizante para o agronegócio. “Quanto ao encapsulamento de fertilizantes, destaco que os resultados obtidos pela empresa SulGesso são de importância incomensurável para o agronegócio e para o Brasil. Não só por conta de sermos um grande dependente da importação de NPK mas, também, pelo uso excessivo nas culturas, o que provoca problemas ambientais e gastos excessivos aos agricultores”, disse Cabral de Souza.

Já o coordenador do Núcleo de Inovação e Pesquisa da SulGesso (NIPS) e responsável pelo projeto Inova Mineral na SulGesso, Matheus Estevam de Mattos, ressaltou que todas as metas dentro do projeto foram atingidas.

“Sem dúvida é uma enorme satisfação concluir o projeto Inova Mineral com todas as atividades previstas nas metas físicas devidamente atingidas. A sensação é de dever cumprido. Ao fim, o desafio de obter um fertilizante de eficiência aumentada foi superado, e os resultados agronômicos foram excepcionais”.

Mattos ainda destacou o papel fundamental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em todo trabalho de pesquisa e desenvolvimento do novo fertilizante. “Sob orientação do prof. Dr. Henrique Simas, tivemos um aporte de conhecimentos nas áreas de engenharia mecânica, engenharia de materiais e engenharia agronômica, que foram fundamentais para o desenvolvimento do processo produtivo, e das características do produto obtido”, finalizou.

O professor e pesquisador da UFSC também destacou que a parceria estabelecida com a FINEP e a SulGesso possibilitou o compartilhamento de conhecimentos provenientes de pesquisas universitárias em diversas áreas do conhecimento, além de consolidar uma cultura de projeto voltada para a produção agrícola de alta tecnologia.

“Como resultado dessa colaboração e dos conhecimentos adquiridos em várias frentes de desenvolvimento, novas variedades de fertilizantes avançados estão sendo idealizadas e desenvolvidas, desde a fase de produção até a aplicação, envolvendo diversas tecnologias agrícolas que proporcionam melhorias significativas na qualidade e produtividade dos cultivos”, disse Simas.

Para o professor da UFSC, os novos fertilizantes desenvolvidos beneficiam a produção, gerando resultados relevantes para o agronegócio do país como um todo, impulsionando o setor e contribuindo para a sustentabilidade econômica.

“A parceria estabelecida fortaleceu a capacidade de pesquisa e inovação das instituições e grupos envolvidos, demonstrando que o compartilhamento de conhecimento é a base para a inovação e avanço tecnológico em agronomia de alta tecnologia no Brasil e no mundo’, concluiu.

Sobre a MaxiSolo/ SulGesso 

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Texto: AgroUrbano Comunicação (www.agrourbano.com.br)

Fonte: Assessoria de Imprensa MaxiSolo / SulGesso



 

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