Em vídeo divulgado no canal no Youtube pelo pesquisador Marcelo Gripa Madalosso é abordado sobre os problemas que podem ocorrer com a fitotoxidade da soja no período de desenvolvimento da cultura nas aplicações em pós-emergência.


Veja também: Mancha olho-de-rã ou fitotoxidade?


Conforme destacado pelo pesquisador, o problema de fitotoxidade é o resultado de quatro diferentes momentos, que são eles:

  • Fase de adaptação ao estresse: ocorre logo após a aplicação do produto e é um período onde a planta irá utilizar mecanismos para se adequar ao produto que foi aplicado.
  • Atraso no crescimento e desenvolvimento: não se adaptando a esse produto, a planta pode atrasar o desenvolvimento e encurtar o entrenó;
  • Morte pontual de células: nesse momento, já podem ser observadas pontuações nas folhas da cultura;
  • Necrose foliar: nesse momento ocorre a morte do tecido onde haviam as pontuações da planta que apresentou fitotoxidade.

A necrose pode ser observada quando é aplicado, Triazol sem a adição de Mancozebe, por exemplo, conforme pode ser observado na figura abaixo.

Figura 1: Fitotoxidade de soja após aplicação de Triazol sem Mancozebe.

Fonte: Madalosso pesquisas.

O pesquisador ressaltou também que essas quatro etapas podem ocorrer de forma rápida, ou lenta, dependendo da condição hídrica da planta e do estágio de desenvolvimento.

Vale ressaltar que quanto maior for o estresse hídrico e em condições de altas temperaturas, a fitotoxidade será observada mais rapidamente, em cerca de dois dias, já, quando a planta não se encontra em estresse hídrico, os sintomas de fitotoxidade podem ser observados até uma semana depois da aplicação.

Para se evitar situações como essa o produtor pode realizar as seguintes atividades:

  • Trabalhar com volume de calda > 130 L/ha;
  • Realizar aplicações noturnas;
  • Utilizar Mancozebe na mistura;
  • Evitar misturas de tanque perigosas.

Na produtividade o efeito é muito relativo, pois a fitotoxidade é cumulativa, quando ocorre antes do enchimento de grãos a chance da planta se recuperar é maior, ao passo que plantas com ciclo menor a chance de recuperação da planta já é menor, mas de maneira geral, quando se trata de estresses pontuais não se tem uma queda significativa na produtividade, porém, em situações mais abrangentes pode sim acarretar em prejuízos para o agricultor.

Confira o vídeo abaixo.


Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.


Foto de capa: Madalosso Pesquisas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.