O trabalho teve como objetivo acompanhar a flutuação populacional de Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) e seus parasitoides em três áreas de cultivo comercial de soja cultivada em diferentes manejos de pragas.
Autores: Ana P. G. S. Wengrat; Valmir A. Costa; Priscila Weber; Hugo Franciscon; Diandro R. Barilli; Leidiane C. Carvalho; Vanda Pietrowski; Roberto A. Zucchi
O controle biológico natural é uma importante ferramenta no controle das pragas da soja. Esse método preconiza a manutenção de organismos benéficos (parasitoides, predadores e patógenos) na área, adotando medidas que permitam a permanência e ação desses inimigos naturais.
Nesse contexto, o trabalho teve como objetivo acompanhar a flutuação populacional de Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) e seus parasitoides em três áreas de cultivo comercial de soja cultivada em diferentes manejos de pragas: (1) cultivo orgânico, (2) cultivo com adoção dos princípios do manejo integrado de pragas (MIP) e (3) com manejo convencional (aplicações de inseticidas sem os princípios do MIP).
As amostragens foram realizadas durante a safra 2016/2017, em Marechal Cândido Rondon – PR. As coletas foram realizadas quinzenalmente, amostrando 26 pontos aleatórios com seis plantas em cada ponto. As ninfas coletadas foram levadas ao laboratório, acondicionadas em placas de Petri contendo ágar 2%. Os parasitoides emergidos foram coletados e armazenados em microtubos do tipo Eppendorf® contendo etanol 70% ou 100%. Posteriormente, foi feita a identificação dos parasitoides em nível de gênero e obtida a porcentagem de parasitismo.
As áreas com manejo orgânico e MIP foram as que apresentaram maior média de porcentagem de ninfas parasitadas, com 31% e 25%, respectivamente. No manejo convencional, a porcentagem de ninfas parasitadas foi inferior a 2%. As espécies de parasitoides pertenciam aos gêneros Encarsia (Hymenoptera: Aphelinidae) (99,9%) e Signiphora (Hymenoptera: Signiphoridae) (0,1%), mas esse último
pode ser parasitoide secundário.
A porcentagem de ninfas parasitadas aumentaram a partir do estádio fenológico R5.1, junto com o aumento da população do hospedeiro. As populações de mosca-branca tiveram aumento significativo a partir do estádio R6 e tenderam a se manter em níveis elevados até o final do ciclo da soja, exceto para o manejo orgânico, no qual ocorreu a redução de sua população.
Confira nossa galeria de cursos TOTALMENTE ONLINE! Agregue conhecimento, faça já!
Palavras-chave: Integrated Pest Management; insect biology; biological control
Informações dos autores:
Universidade de Franca, Unifran, 14404-600, Franca, SP, Brasil
Disponível em: Anais do XXVII Congresso Brasileiro de Entomologia, 2018. Gramado, RS.