Em função da ocorrência de doenças em soja, o emprego de fungicidas é indispensável para reduzir perdas de produtividade e qualidade da soja produzida. Dependendo da doença e condição ambientais, em algumas situações, intensificar o manejo fitossanitário da soja é essencial para a manutenção da produtividade da lavoura.

Atenção na recomendação!

Por possuir grande capacidade de infecção, rápido desenvolvimento e elevado potencial em causar danos, algumas doenças fungicidas a exemplo da ferrugem-asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), demandam maior atenção no maneja, havendo recomendações que priorizam o controle preventivo dessas doenças. Além disso, pensando no controle eficiente de doenças e/ou no manejo da resistência dos fungos a fungicidas, a rotação de mecanismos de ação de fungicidas é tão importante quando a escolha do produto e definição da dose.

Sobretudo, além de definir o posicionamento de fungicidas, doses e mecanismos de ação, é fundamental atentar para a tecnologia de aplicação. Embora seja conhecido que alguns fungicidas apresentam maior mobilidade na planta, enquanto outros atuam especificamente no local aplicado, independentemente do fungicida aplicado, atingir o alvo e/ou possibilitar a boa cobertura do dossel da planta é fundamental para a eficiência de controle das doenças em soja.

Protetores e sítios específicos…
Exemplo de cobertura após aplicação de fungicida protetor.

Fungicidas considerados protetores precisam necessariamente ser pulverizados de forma a proporcionar a boa cobertura das folhas para que atuem na proteção da planta. Fungicidas sítios específicos, em sua grande maioria, embora apresentem maior mobilidade na planta, necessitam atingir o alvo de forma eficiente para proporcionar o controle satisfatório da doença, sendo, portanto, indispensável a boa distribuição de gotas nas folhas.

A medida em que a planta cresce, as entrelinhas fecham e o dossel passa aapresentar maior índice de área foliar, atingir as camadas inferiores da planta (baixeiro) é cada vez mais difícil. No entanto, grande parte dos patógenos tem como ponto inicial de infecção, o terço inferior da planta, sendo, portanto, essencial que as aplicações de fungicidas proporcionem boa cobertura do dossel vegetal.

Embora as recomendações técnicas possam variar em função do fungicida, no geral, para uma boa eficiência de controle, é necessário a cobertura foliar com 70 a 100 gotas cm-2 para fungicidas de contato e 40 a 70 gotas cm-2 para fungicidas considerados sistêmicos (Pereira; Moura; Pinheiro, 2015).


Veja mais: Tecnologia de aplicação: – Tamanho e densidade de gotas na aplicação de agrotóxicos


Tabela 1. Parâmetros de densidade de gotas recomendadas para a aplicação de agrotóxico.
Fonte: Pereira; Moura; Pinheiro (2015)
Confira abaixo as dicas do Professor e Pesquisador Marcelo Madalosso.


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Referências:

PEREIRA, R. B.; MOURA, A. P.; PINHEIRO, J. B. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS EM CULTIVO PROTEGIDO DE TOMATE E PIMENTÃO. Embrapa, Circular Técnica, n. 144, 2015. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1024615/tecnologia-de-aplicacao-de-agrotoxicos-em-cultivo-protegido-de-tomate-e-pimentao >, acesso em: 21/02/2024.

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