Em vídeo divulgado no canal do Youtube Professores Alfredo & Leandro Albrecht, Felipe Dazzi, integrante do grupo Supra Pesquisa da UFPR, explica as características principais dos herbicidas que atuam na Inibição do Fotossistema II.


Veja também: Herbicidas Inibidores do Fotossistema 2 (FSII) (Grupo C)


O Supra Pesquisa vem elaborando uma série de episódios que explicam sobre os mecanismos de ação dos principais herbicidas utilizados atualmente para o controle de plantas daninhas nas lavouras. Os episódios estão sendo lançados sempre aos domingos, no canal do Youtube do Supra Pesquisa.

No sexto episódio, Felipe destacou que esse mecanismo de ação, age no aparelho fotossintético da planta, impedindo o transporte de elétrons, mais precisamente, impedindo o transporte de elétrons da quinona A para a quinona B.

Quando esse transporte é impedido, é gerado na planta um acúmulo de elétrons que causa a peroxidação dos lipídios da parede da membrana celular, que acaba se rompendo, ocasionando na planta uma clorose seguida de necrose nas plantas, levando a planta à morte.

Veja as principais características desse mecanismo de ação:

  • São herbicidas geralmente aplicados no solo;
  • Aparentemente, todos eles podem ser absorvidos pelas raízes;
  • A velocidade de absorção foliar é diferente para cada produto;
  • Translocam-se nas plantas via xilema;
  • Plantas perenes somente são eliminadas por esses herbicidas quando tratadas via solo;
  • Quando esses herbicidas são usados em pós-emergência, necessita-se de boa cobertura foliar da planta e adição de adjuvante;
  • Herbicidas deste mecanismo de ação possuem baixa pressão de vapor, o que reduz risco de deriva;
  • São muito adsorvidos pelos coloides orgânicos e minerais do solo;
  • Apresentam pouca ou média mobilidade no perfil do solo;
  • As doses recomendadas, quando aplicadas diretamente no solo, são variáveis para cada tipo de solo;
  • A persistência destes herbicidas no solo é variável, podendo ser curta (< 30 dias) ou muito longa (> 720 dias);
  • Apresentam maior atividade sobre plantas daninhas de folhas largas, mas depende do herbicida aplicado.

Principais sintomas observados após a aplicação desses herbicidas:

  • Após a aplicação destes herbicidas podemos observar a clorose foliar, devido a rompimentos na membrana dos pigmentos causados pela peroxidação de lipídios da membrana.
  • A clorose geralmente começa nas nervuras das folhas e depois se espalha entre as nervuras.
  • Quando aplicados sobre plântulas, os sintomas aparecem primeiro nas folhas mais velhas, podendo ser observadas necroses nas internervuras e nas bordas das folhas.

Este grupo é representado pelos herbicidas ametryn, amicarbazone, atrazine, bentazon, diuron, hexazinone, ioxynil, linuron, metamitron, metribuzin, prometryn, propanil e tebuthiuron.

Os herbicidas deste mecanismo de ação são divididos em 3 grandes grupos: C1 (Triazinas), C2 (Ureias e Amidas) e C3 (Nitrilas e outros).

Confira o vídeo abaixo.


Veja também: Herbicidas: mecanismos de ação e modo de ação


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Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.


Foto de capa: Ricardo Victoria Filho.

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