OFERTA E DEMANDA DA PLUMA BRASILEIRA
Na última terça-feira (13/06), a Conab divulgou a nova estimativa para a safra 22/23. O relatório incrementou 2,66% na produção de pluma ante à estimativa passada, alcançando 2,98 milhões de toneladas. O volume é o segundo maior da série histórica, ficando atrás apenas da safra 19/20. Cabe destacar que o volume de chuvas observado após o período de semeadura favoreceu o bom desenvolvimento das lavouras, o que tende a aumentar a produtividade, principalmente nas áreas semeadas dentro da janela ideal. No que tange à demanda, houve aumento de 5,85% no volume destinado ao exterior ante ao estimado em mai/23, atingindo 1,81 milhões de t, 0,35% superior à safra 21/22. Por fim, apesar de os estoques finais mostrarem retração de 0,34% ante o mês passado devido à alta na exportação, ainda seguem altos em relação aos últimos anos, estimados em 1,91 milhão de t.
Confira os destaques do Boletim:
BAIXA: o recuo nas cotações na bolsa de NY somado à desvalorização do dólar na semana contribuiu para a retração de 7,22% na paridade de jul/23 em Mato Grosso na semana.
DESVALORIZAÇÃO: os estoques finais altos para a safra 22/23 pressionaram o indicador Cepea da pluma no comparativo semanal, que apresentou baixa de 1,11%.
QUEDA: a percepção positiva do mercado em relação ao Brasil, ligada aos dados do PIB e IPCA divulgados em junho acarretou o recuo de 1,57% no dólar em relação à semana passada.
O Imea divulgou o primeiro relatório da colheita do algodão da safra 22/23 em MT
Dessa forma, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto, até sexta-feira (16/06), 0,37% dos 1,20 milhão de hectares estimados para a temporada 22/23 já havia sido colhido, 0,25 p.p. à frente do registrado na safra 21/22. No que se refere às regiões do estado, o destaque fica para a nordeste, que alcançou 5,08% da área colhida, seguida pelas regiões oeste e sudeste, com 0,21% e 0,24% do total, respectivamente. O ritmo mais lento nas primeiras semanas está relacionado à colheita nas áreas de primeira safra, que representam 15,26% do total. É importante destacar que foi observado um aumento de 19,65% na porção destinada à primeira safra em relação à temporada 21/22. Portanto, a colheita deve acelerar quando as áreas de segunda safra começarem a ser colhidas. Por fim, de acordo com o NOAA, não devem ocorrer chuvas significativas nas próximas semanas, o que deve favorecer o ritmo de colheita e não deve afetar características da fibra, como a cor e o brilho.
Fonte: Boletim semanal n° 679 – Algodão – Imea