Com boa evolução nas vendas no mês de abril, a comercialização da pluma para safra
18/19 em Mato Grosso avançou 4,69 p.p., alcançando 71,71% da produção já negociada até o momento.
Essa evolução na negociação da pluma mato-grossense está ligada, sobretudo, ao aumento do preço interno, que foi estimulado no último mês pela alta da moeda norte-americana, deixando assim os preços mais atrativos para as negociações no estado neste período.
Já no que se refere à safra 19/20, o Imea divulgou a primeira estimativa de comercialização de pluma para MT. As vendas da fibra referentes ao mês de abril avançaram 5,70 p.p. em relação a março, alcançando assim 15,32% da produção comercializada até o momento.
Essa evolução na venda em Mato Grosso se deu pela melhora do preço no mercado este período, tendo em vista à volatilidade da moeda americana que contribuiu para isso.
Confira os principais destaques do boletim:
• O Preço Imea – MT encerrou a semana em queda, com variação negativa de 0,33% e cotado a um preço médio de R$ 89,91/@.
• Com a desvalorização nas cotações da ICE, as paridades de exportação fecharam a semana em queda, com variação negativa de 5,74% e 3,58%, para os contratos jul/19 e dez/19, ficando assim cotados, respectivamente, a um preço médio de R$ 92,24/@ e R$ 95,26/@.
• A moeda norte-americana avançou novamente nesta semana, devido à insegurança quanto à reforma da previdência, finalizando assim com uma alta de 0,22% e cotada a um preço médio semanal de R$ 3,96/US$.
• Os subprodutos de algodão matogrossenses finalizaram a semana com um recuo de 2,62%, 2,67% e 0,86%, para o caroço, torta e óleo, ficando cotados a um preço médio de R$ 450,55/t, R$ 476,67/t e R$ 2.152,18/t, respectivamente.
BOM PARA O BRASIL:
O USDA divulgou nesta sexta-feira (10/05) a oferta e demanda para a pluma de algodão, trazendo revisões para o mês de maio no consumo e na produção da safra 18/19. Segundo o departamento, a produção mundial da pluma recuou 0,39% no mês, ficando agora prevista em 25,89 milhões de toneladas.
Já no caso do Brasil, as previsões se mantêm crescendo no país, sendo estimada uma produção recorde de 2,79 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 8,53% em relação à última divulgação do USDA. Esse otimismo para a safra brasileira vem pautado pelas boas condições climáticas vistas até o momento, o que pode contribuir para uma boa produtividade no país.
Desse modo, com esse cenário de grandes dúvidas no mercado internacional, aliado à incerteza de um possível acordo comercial entre os EUA e a China, o Brasil poderá se beneficiar no mercado exterior, visto que se aproxima o beneficiamento da próxima safra e a os chineses vêm renovando seus estoques de pluma.
Fonte: Imea