Foi divulgado na última semana pelo Imea o custo de produção para a safra 2020/21 de milho referente ao mês de junho para Mato Grosso. Segundo os dados, apesar do recuo apontado pelo dólar (na média mensal de junho em relação à maio) os custos para o produtor matogrossense se mantiveram em alta.
Dessa forma, as despesas com a lavoura, como fungicida e macronutrientes, tiveram elevação de 1,20% e 0,33%, respectivamente, em relação ao mês passado. Com isso, os custos variáveis ficaram estimados em R$ 2.524,99 sc/ha, valor que representa aumento de 0,21% ante o último relatório, refletindo o aumento dos insumos.
Por fim, para as despesas operacionais o valor apontado foi de R$ 2.885,74 sc/ha, elevando o ponto de equilíbrio ao produtor para a média de R$ 22,58/sc, avanço de 0,67%, se comparado a safra passada.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Na CME o indicador corrente registrou perda de 4,82% ante a semana passada, após dados de umidade que indicavam melhora nas condições das lavouras dos EUA.
• Acompanhando o mercado internacional e a oscilação cambial, a cotação do contrato corrente na B3 fechou em queda de 3,37% em relação à semana passada, ficando cotado a R$48,73/sc.
• O alto fluxo de grãos nas rodovias e a queda do preço do milho na semana, refletiu no aumento de 1,53 p.p. da base frete/milho na comparação com a semana passada.
• A colheita avançou 14,47 p.p. em relação à semana passada e encerrou com 75,60% das áreas colhidas. Os reportes dos informantes Imea ainda continuam positivos para a qualidade das lavouras.
Produção menor:
O USDA divulgou no dia 06/07 os dados referentes à oferta e demanda de milho nos Estados Unidos. De acordo com o relatório, para o lado da oferta a produção que antes era estimada em 406 milhões de t, devido à expectativa da maior área, se reduziu para 381 milhões de t, seguindo as redução da disposição dos agricultores em semear o cereal, após as incertezas dos impactos pandemia.
Com isso, a supersafra esperada para a temporada 2020/21 fica interrompida até o momento, colocando no radar do mercado a melhora nas condições climáticas para que a produção aumente nas próximas estimativas do departamento.
Observando a demanda, para o consumo são esperados 54,61 milhões de t, aumento de 10,15% em relação à safra passada, com a expecta-tiva de melhora da volta da economia do país para o consumo de etanol. Por fim, para as exportações foi estimado um total de 316 milhões de t, aumento de 5,19% na comparação com a safra 19/20.
Fonte: Imea