A buva (Conyza spp.) é uma das plantas daninhas mais preocupantes nos cenários de cultivo da agricultura brasileira. Sua interferência na cultura da soja pode expressar uma redução de produtividade de até 14% para a densidade populacional de uma planta de buva por metro quadrado.

Figura 1. Produtividade média de soja em diferentes densidades populacionais de Buva (Conyza spp.)

Fonte: SUPRA PESQUISA.

O estádio de desenvolvimento e porte da planta fazem toda a diferença para um bom controle da Buva, sendo mais eficiente o controle quando realizados nos estádios iniciais do desenvolvimento da planta daninha.  Das espécies mais comumente encontradas de Buva, destacam-se a Conyza bonariensis e a Conyza canadenses, cujas principais diferenças no estádio vegetativo ficam por conta do recorte nas folhas (figura 2).

Figura 2. Conyza bonariensis (A) e Conyza canadenses (B) em estádio vegetativo inicial do seu desenvolvimento.

Adaptado: LORENZI, (2014).

Além da importância do estádio de desenvolvimento da Buva pra o seu controle eficiente, em vídeo o Pesquisador do Grupo Supra Pesquisa e Professor da UFPR Leandro Albrecht destaca a importância do monitoramento dos fluxos de emergência da buva buscando estratégias que permitam o controle adequado dessa planta daninha.



Conforme destacado por Albrecht, a emergência da Buva em meio ao cultivo do milho segunda safra evidencia a importância do planejamento, monitoramento e controle de plantas daninhas. Embora ainda em estádio inicial do seu desenvolvimento, caso não sejam tomados os devidos cuidados, futuramente é possível que a buva se torne um problema ainda maior, interferindo na produtividade das culturas sucessoras e promovendo o aumento do banco de sementes do solo.

Figura 3. Plântulas de Buva em meio ao cultivo do milho safrinha.

Apesar do recente desenvolvimento das plantas daninhas, o alto fluxo de emergência da Buva nos traduz uma informação importante, de que segundo Albrecht, “devemos começar as nossas dessecações o mais cedo, o mais antecipado possível após a colheita do milho” visando o controle dessa Buva que está emergindo agora. Isso por que além de plantas mais desenvolvidas apresentarem menor sensibilidade aos produtos químicos utilizados para o seu controle, a Buva preocupa por apresentar resistência multipla ao glifosate, Inibidores do foto sistema I e inibidores de ALS, sendo imprescindível a busca por novas estratégias de controle dessa planta daninha.

Uma delas destaca Leandro, é a utilização de “dose cheia de Atrazina”, visando “segurar” os fluxos de emergência da buva em meio ao cultivo do milho.

Veja também: Rápida necrose de 2,4-D em Buva

Confira abaixo o vídeo do Professor Leandro P. Albrecht.


Inscreva-se agora no canal dos Professores Alfredo & Leandro Albrecht, aqui.



Referências:

LORENZI, H. MANUAL DE INDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS: PLANTIO DIRETO E CONVENSIONAL. Instituto Plantarum, ed. 7, 2014.

Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (SiteFacebookInstagramLinkedin)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.