O mercado brasileiro de milho deve abrir a semana com viés de queda nos preços, em meio ao avanço da colheita da safrinha. Consumidores seguem realizando negociações bastante limitadas, aguardando o aumento na oferta por parte dos produtores. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em alta, buscando recuperação ante as perdas da última sessão. O dólar bastante volátil, deve manter os negócios voltados a exportação mais travados ao longo do dia.
O mercado brasileiro de milho prosseguiu sem novidades na sexta-feira (7). O viés para preços continua negativo, diante da postura retraída dos consumidores, avaliando que em breve haverá entrada de grande volume de oferta do mercado com intensificação das colheitas. Além disso, há questões de logística e de falta de espaço em armazéns no radar. A valorização do real frente ao dólar e a queda da Bolsa de Chicago (CBOT) pesam negativamente na paridade de exportação no dia.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 60,00 (compra) a R$ 61,00 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 60,00/61,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 50,00/53,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 52,00/55,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 56,00/58,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 60,00/63,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 45,00/50,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 44,00/R$ 46,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 36,00/39,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em dezembro de 2023 operam cotados a US$ 4,93 1/4 por bushel, alta de 6,00 centavos de dólar por bushel ou 1,23% em relação ao fechamento anterior.
* O mercado busca um movimento de recuperação frente às perdas da semana anterior. Os investidores estão atentos a qualquer mudança significativa no clima dos Estados Unidos, à medida que O cereal norte-americano entra cada vez mais em seu estágio de desenvolvimento crítico. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), cerca de dois terços do milho foram afetados pela seca no país desde 4 de julho.
* Os investidores também estão em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado na quarta-feira (12).
* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,149 bilhões de bushels de milho em 2023/24, ficando abaixo dos 15,265 bilhões de bushels indicados em junho, mas acima dos 13,730 bilhões de bushels colhidos na temporada 2022/23. A produtividade média deve ficar em 175,8 bushels por acre, aquém dos 181,5 bushels por acre indicados em junho, mas acima dos 173,3 bushels por acre colhidos na safra 2022/23.
* Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 norte-americanos devem ser indicados em 2,166 bilhões de bushels, abaixo dos 2,257 bilhões de bushels previstos em junho. Para a safra 2022/23, os estoques finais de passagem devem ser reduzidos de 1,452 bilhão de bushels para 1,406 bilhão de bushels.
* Para a safra global 2023/24, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 312,4 milhões de toneladas, aquém das 314 milhões de toneladas apontadas em junho. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2022/23 sejam apontados em 297,8 milhões de toneladas, superior frente às das 297,6 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
* A safra de milho do Brasil 2022/23 deverá ser indicada em 132,8 milhões de toneladas, acima das 132 milhões de toneladas apontadas em junho. Já a safra da Argentina 2022/23 deve ser apontada em 34,3 milhões de toneladas, abaixo das 35 milhões de toneladas previstas no mês passado.
* Na sexta-feira (7), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 4,87 1/4 por bushel, baixa de 11,75 centavos de dólar, ou 2,35%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro fechou a sessão a US$ 4,94 1/2 por bushel, baixa de 12,00 centavos de dólar, ou 2,36%.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com alta de 0,22% a R$ 4,8770. O Dollar Index sobe 0,21% a 102,49 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, +0,22%; Tóquio, -0,61%.
* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,81%; Frankfurt, +0,70%; Londres, +0,47%.
* O petróleo registra ganhos. O WTI para agosto cai 0,92% para US$ 73,18 o barril.
Fonte: Agência Safras