O mercado brasileiro de milho opera em ritmo lento nos negócios no Brasil, avaliando o efeito do frio e das geadas nas lavouras de safrinha. No cenário internacional a Bolsa de Chicago opera em alta, com o temor em relação ao clima seco nos Estados Unidos.

Ontem (28), o mercado brasileiro abriu a semana bastante focado nas geadas previstas, com potencial para resultar em problemas em relevantes regiões produtoras, a exemplo do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e até mesmo no sul de Minas Gerais. Além disso, como destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o relatório trimestral divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no próximo dia 30 também terá grande importância na formação de tendência de curto prazo.

No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 72,00 a R$ 82,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 71,00/83,00.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 82,00/85,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 85,50/87,50 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 87,00/89,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 84,00/90,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 83,00/88,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 75,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 72,00/75,00 a saca em Rondonópolis.

Chicago 

Os contratos com entrega em setembro de 2021 operam com ganho de 3,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,53%, cotada a US$ 5,61 1/4 por bushel.

O cereal chegou a recuar mais cedo, embolsando lucros, mas se recuperou em meio às preocupações com o indicativo de clima seco no cinturão produtor norte-americano. O clima frio no Brasil, trazendo geadas e perdas à safrinha, também contribui com os ganhos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 27 de junho, 64% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 66% -, 28% em situação regular e 8% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 65%, 29% e 6%, respectivamente.

Os investidores se preparam também, para os relatórios de área plantada e de estoques trimestrais de milho na posição 1 de junho, que serão divulgados amanhã pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga amanhã (30), às 13h, seu relatório de área plantada e a expectativa do mercado é de que ela possa ocupar 93,818 milhões de acres na safra 2021/22, volume que fica acima dos 91,144 milhões de acres estimados em março. A área deve superar também os 90,819 milhões de acres cultivados na temporada 2020/21.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga amanhã (30), às 13h, o relatório de estoques trimestrais na posição 1 de junho e o mercado espera que eles sejam indicados em 4,204 bilhões de bushels, volume que fica abaixo dos US$ 5,003 bilhões de bushels indicados na posição 1 de junho de 2020. Na posição 1 de março de 2021, os estoques haviam sido indicados em 7,701 bilhões de bushels.

Ontem (28), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,56 3/4 por bushel, ganho de 26,50 centavos de dólar, ou 4,99%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio 

O dólar comercial registra alta de 0,32% a R$ 4,944. O Dollar Index registra ganho de 0,27% a 92,13 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,92%. Tóquio, -0,81%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices em alta. Paris, +0,38%. Londres, +0,28%.
  • O petróleo opera em alta. Agosto do WTI em NY: US$ 73,05 o barril (+0,2%).

Fonte: Agência SAFRAS

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