O mercado brasileiro de soja inicia a quarta em tom de cautela, aguardando o relatório do USDA, que será divulgado logo mais. Por ora, os preços devem seguir firmes e os negócios restritos no Brasil, resultado da pouca disponibilidade da oleaginosa.
A combinação de falta de produto, necessidade da indústria e postura retraída do vendedor segue sustentando os preços da soja no mercado brasileiro. Sem disponibilidade, os negócios são escassos. Há operações pontuais para 2022 com preços na faixa de R$ 110,00 em São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.
O desempenho dos preços domésticos está descolado das oscilações dos principais referenciais. Hoje, Chicago andou de lado e fechou com preços perto da estabilidade e o dólar caiu. Mas as cotações internas seguiram firmes.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 123,50 para R$ 125,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 123,50 para R$ 124,50. No porto de Rio Grande, o preço seguiu em R$ 127,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 119,50 para R$ 120,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 124,50 para R$ 125,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 120,00 para R$ 121,00. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 120,00. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 118,00 para R$ 120,00.
Chicago
Os contratos com vencimento em novembro registram estabilidade, cotado a US$ 8,73 1/2 por bushel.
Os investidores têm todas as atenções voltadas ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado às 13 horas.
A expectativa é de um relatório baixista, que indique ampla oferta da oleaginosa.
USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. O relatório de agosto do Departamento será divulgado às 13hs da quarta, 12.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,278 bilhões de bushels. Em julho, o número era de 4,135 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels.
Para os estoques de passagem, a aposta é de 527 milhões de bushels para 2020/21. Em julho, o número ficou em 425 milhões. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir sua previsão de 620 milhões para 615 milhões de bushels.
A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 98,2 milhões de toneladas, contra 95,1 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir a estimativa de 99,7 milhões para 98,6 milhões de toneladas.
Prêmios
O prêmio em Paranaguá para agosto ficou em175 a 195 pontos acima de Chicago. Para setembro, o valor é de 175 a 192 pontos acima.
Câmbio
O dólar comercial registra valorização de 0,14%, cotado a R$ 5,425.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia fecharam em mistas. Xangai, -0,63%. Tóquio, +0,41%.
- As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, +0,44%; Frankfurt, -0,02%; Londres, +1,37%.
- O petróleo opera com ganhos. Setembro do WTI em NY: US$ 42,44 o barril (+1,99%).
- O Dollar Index registra baixa de 0,04%, a 93,6 pontos.
Fonte: Agência SAFRAS
