O mercado brasileiro de trigo se encerrou a semana sem grandes alterações em sua conjuntura atual. O mercado segue em ritmo lento de comercialização, tendo as negociações sendo dificultadas por custos logísticos mais elevados no ambiente interno. “Em paralelo temos uma retração dos ofertantes, que estão confortáveis, bem capitalizados e com atenções voltadas para as culturas de verão”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro.

Em relação ao trigo importado, a recente recuperação cambial dos últimos dias retirou boa parcela da competitividade do trigo proveniente do mercado externo, devido ao aumento dos custos de aquisição do produto, pelas paridades de importação. “Ainda assim, os preços do trigo argentino apresentar certa competitividade, e são a principal alternativa ao abastecimento nacional”, aponta Pinheiro, acrescentando que ainda há certa preocupação com a possibilidade de intervenção do governo argentino nas exportações do cereal, deixando os compradores nacionais atentos.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório mensal, que a safra 2021 de trigo do Paraná deve registrar uma produção de 3,775 milhões de toneladas, 21% acima das 3,117 milhões de toneladas colhidas na temporada 2020.

A área cultivada deve ficar em 1,142 milhão de hectares, contra 1,123 milhão de hectares em 2019, alta de 2%. A produtividade média é estimada em 3.305 quilos por hectare, acima dos 2.793 quilos por hectare registrados na temporada 2020.

Chicago

Os contratos com vencimento em maio, negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago, recuaram para os menores níveis desde dezembro nesta semana. A posição acumulou queda de 2,31% até o fechamento de quinta, cotado a US$ 6,12 ½.

O cereal foi pressionado novamente pela redução nos temores de oferta global apertada. O clima está favorável às lavouras no Hemisfério Norte. As condições são muito boas em importantes países produtores, como Estados Unidos, Ucrânia e Rússia. O cenário de maior aversão ao risco no mercado financeiro contribuiu para a retração.

Fonte: Agência SAFRAS

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