Análise semanal da tendência de preços
Fatores de alta

a) sinais de demanda para a soja americana: segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 121,5 mil toneladas de soja para destinos não revelados, sendo 13,5 mil toneladas para o ano comercial 2023/24 e 108 mil toneladas para 2024/25;

b) enfraquecimento do dólar, que favorece a soja americana e encarece a brasileira;

c) cobertura de posições vendidas pelos Fundos, depois de perda de 3% nas quatro primeiras sessões da semana.

Fatores de baixa

a) Avanço da colheita na América do Sul. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou na quinta que a colheita de soja na Argentina alcançou 13,9% da área apta na última semana, avanço de 3,2 pontos porcentuais na semana e atraso de 22 pontos porcentuais em relação à média das cinco temporadas anteriores.

O rendimento médio nacional estava em 3.440 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 51 milhões de toneladas. A condição das lavouras de soja na Argentina piorou levemente na última semana. Segundo a bolsa, 77% da safra apresentava condição entre normal e excelente, ante 78% na semana anterior.  Aparcela em condição regular ou ruim subiu de 22% para 23%;

b) aumento na disponibilidade mundial, com estoques finais globais cada vez mais altos: o relatório de abril do USDA projeta estoques finais globais para a safra 23/24 em 114,22 MT, contra 101,31 MT da safra 22/23 e 93,09 MT da safra 21/22.

Soja fechou em alta com recompras técnicas, mas em baixa no acumulado da semana
FECHAMENTOS DO DIA 19/04

O contrato de soja para maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,43%, ou $ 16,25 cents/bushel a $ 1150,50. A cotação de julho24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,46 % ou $ 16,75 cents/bushel a $ 1165,75.

O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 1,69 % ou $ 5,7 ton curta a $ 343,7 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 0,59 % ou $ 0,26/libra-peso a $ 44,38.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas a semana em baixa. “As notícias fundamentais sobre os preços da soja permanecem mistas, com alguns aspectos favoráveis e outros negativos”, observa Naomi Blohm, consultora sênior de mercado da Stewart Peterson. O aumento da oferta na América do Sul criou um sentimento de baixa, enquanto o volume de moagem nos EUA é forte e pode aumentar ainda mais no futuro”. Afirmou a analista.

No sobe e desce da contação da soja ao longo da semana, o complexo da oleaginosa fechou o dia em alta com recompra técnica por parte dos Fundos de Investimentos. O USDA informou vendas externas 121,5 mil toneladas nesta sexta-feira, um alívio para os exportadores e a cotação, em um momento de Dólar desfavorável em relação ao Real.

Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -2,00% ou $-23,50 cents/bushel. O farelo de soja fechou o período em queda de -0,20% ou $-0,7 ton-curta. O óleo de soja caiu -3,29% ou $ -1,51 libra/peso

NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-PELO ARCO NORTE SAÍRAM 35,3% DA SOJA BRASILEIRA EXPORTADA NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024

Em relação à soja, ainda conforme a estatal, pelos portos do Arco Norte saíram 35,3% das exportações nacionais, contra 37,5% do exercício passado. Por Santos foram escoados 35,9%, contra 43,3% do exercício anterior.

Por Paranaguá saiu 16% do montante nacional contra 8,7% do mesmo período do ano anterior, e pelo porto de São Francisco foram escoadas 6,8% contra 3,7% do ano anterior. “A origem das cargas para exportação ocorreu, prioritariamente, dos estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul”, informou a CONAB.

BRASIL/BIODIESEL: FRAUDES NO TEOR DE BIODIESEL NO DIESEL DISPARAM NO NORDESTE E PREOCUPAM DISTRIBUIDORAS

O aumento dos casos de fraudes ligadas ao teor de biodiesel na mistura do diesel comercializado, sobretudo no Nordeste, tem preocupado executivos de grandes e médias distribuidoras de combustíveis do País.

O combustível tem sido fornecido sem a adição obrigatória do bicombustível a postos de abastecimento ou aos chamados transportadores revendedores-retalhistas (TRR), que abastecem grandes consumidores como indústrias e hospitais. Em Alagoas, a incidência desse tipo de fraude chega a 24%, na Bahia 15,7%, no Rio Grande do Norte 10,4% e Amapá, 15,3%.

Fonte: T&F Agroeconômica



Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (SiteFacebookInstagramLinkedinCanal no YouTube)


 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.