Mesmo com a retomada da demanda ainda que lenta por parte dos países asiáticos, a cotação da fibra na bolsa de NY apresentou queda na última semana, devido à perspectiva de aumento de casos da Covid-19 em países importadores de vestuário. Assim, o contrato corrente (ICE) fechou com recuo semanal de 1,67% e cotado a ¢US$ 64,87/lp.

Já no Brasil, o preço Cepea/Esalq (prazo de 8 dias) desvalorizou 3,38% no comparativo semanal, fechando a um valor médio de ¢US$ 56,72/lp. Isso é reflexo da maior disponibilidade da pluma no mercado “spot” e a volta de alguns produtores ao mercado — devido à necessidade de se capitalizar.

Nesse viés, a fibra nacional está mais competitiva no cenário externo, inclusive em relação à pluma americana. Por outro lado, outros países vêm tomando medidas para que seu produto ganhe espaço no mercado internacional, como é o caso Índia, que diminuiu o preço base da pluma no país devido aos estoques mais robustos.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Após duas semanas em queda, o preço Imea-MT registrou uma variação de +0,60% e ficou cotado a um valor médio de R$ 98,72/@.

• Com as declarações do FED sobre a economia americana e o avanço da Covid-19 na Europa, aliados às incertezas quanto ao cenário fiscal brasileiro, o dólar valorizou 4,25% no comparativo semanal.



• A relação frete/pluma apresentou uma desvalorização de 0,84%, ante a semana passada, pautado pelo avanço do preço da pluma no mercado disponível.

• Os subprodutos do algodão em Mato Grosso avançaram na última semana, com variações de 9,75%, 6,00% e 5,87%. Com isso, o caroço, a torta e o óleo ficaram cotados a R$ 885,10/t, R$ 883,02/t e R$ 3.669,47/t, respectivamente.

ALTA:

Mesmo com a queda nas cotações da pluma na bolsa de NY nos últimos dias, o preço futuro da pluma em MT se manteve em alto patamar. Na última semana, as cotações das paridades de exportação avançaram 2,56% e 3,47% ante a semana passada, fechando em uma média de R$ 104,82/@ e R$ 114,26/@, para os contratos dez/20 e jul/21, respectivamente.

Tal aumento está atrelado à valorização do dólar — devido à alta nos casos de Covid-19 na Europa e as declarações do FED sobre a economia americana, aliado ao contexto nacional. Além disso, a cotação do basis (indicador considerado como ágio ou deságio no valor da pluma) no porto de Santos diminuiu as perdas em relação à semana passada, no entanto, permanece no campo negativo.

Diante disso, como já relatado em outros boletins, o câmbio tem sustentado os preços da paridade no mercado, o que é uma preocupação para o produtor caso a moeda recue, principalmente, para os que ainda têm grande parte da produção para vender.

Fonte: IMEA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.