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Milho: Agricultores do RS se alertam para ocorrência de períodos secos e quentes

A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.

A cultura segue em implantação, alcançando 80% da área projetada. Predominam as lavouras em desenvolvimento vegetativo, com 78%. O processo reprodutivo ocorre em 22% dos cultivos. Essa fase é extremamente sensível à insuficiência no fornecimento de água e à ocorrência de temperaturas extremas. Há apreensão por parte dos produtores em razão da previsão de ocorrência de períodos mais secos e quentes. O eventual estresse, principalmente hídrico, causa problemas na polinização, na formação e no desenvolvimento das espigas, repercutindo em queda na produção.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a semeadura foi concluída e as lavouras irrigadas apresentam excelente desenvolvimento e potencial produtivo. Os cultivos de sequeiro sentiram o período seco e as temperaturas elevadas, que causaram sintomas de murchamento de plantas, antes das novas precipitações em 13/11. Apesar de períodos de insuficiência de umidade, o desenvolvimento é considerado satisfatório. Na Campanha, a semeadura alcança 30% e deverá seguir escalonada até meados de dezembro.

Na de Caxias do Sul, a ocorrência de geadas nos dias 02 e 03/11, nos Campos de Cima da Serra, provocou a morte de plantas em grande número de lavouras, gerando necessidade de replantio. No período, os produtores iniciaram a ressemeadura com o cereal e, onde não foram utilizados herbicidas para o combate de plantas de folhas largas, optaram por semear soja. As lavouras não atingidas pelas geadas seguem com desenvolvimento lento, pois as temperaturas se mantiveram baixas, com médias abaixo dos 15°C na maior parte da semana.

Na de Ijuí, a cultura apresenta um crescimento rápido, beneficiada pela alta radiação solar e pela regular disponibilidade de água nos solos. Esses fatores, aliados ao elevado uso de tecnologia e insumos na implantação e a condução das lavouras, permitiram a retomada do desenvolvimento e da evolução para o estádio reprodutivo, que já alcança 10% dos cultivos. Contudo, a maior parte das lavouras está em final de estádio vegetativo, entre as fases V15 e V18, nas quais já podem ser observados detalhes do desenvolvimento da inflorescência masculina, localizada na parte superior da planta. Durante o período que antecedeu as chuvas dos dias 12 e 13/11, foi possível visualizar as folhas superiores enroladas, expressando o estresse calórico e hídrico.

Na de Pelotas, as lavouras já semeadas correspondem a 29%, e a implantação deve se estender até final de dezembro.

Na de Porto Alegre, as condições adequadas de umidade nos solos fizeram com que o plantio avançasse no período. As lavouras demonstram um atraso no desenvolvimento em virtude das baixas temperaturas, atípicas para época do ano.

Na de Santa Rosa, as lavouras estão 57% em fase de desenvolvimento vegetativo, 39% em floração e 4% na fase de formação das espigas. O estado geral é considerado bom, mas o período de 10 dias sem chuvas provocou sintomas de estresse hídrico, recuperado após novas precipitações. A sanidade das plantas é adequada. Contudo, houve incidência pontual de lagartas do cartucho. No entanto, observa-se a intensificação do uso da vespa Trichograma pelos produtores como controle biológico das lagartas.

Na de Soledade, ocorreram temperaturas amenas e, em alguns momentos, frias, mas que não afetaram as lavouras. A maior parte das lavouras do cedo no baixo Vale do Rio Pardo está na fase de pré-pendoamento, favorecidas por temperaturas um pouco mais elevadas na segunda metade da semana. Já no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, regiões de maior altitude, parte das lavouras ainda está em fase inicial de desenvolvimento, e continuam os manejos de controle de plantas invasoras em pós-emergência e a aplicação de adubos nitrogenados em cobertura.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio decresceu -0,08%, passando de R$ 84,31 para R$ 84,24. O produto disponível em Cruz Alta foi cotado em R$ 90,00.

 

Fonte: Informativo Conjuntural n° 1737, Emater/RS



 

Equipe Mais Soja
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