FECHAMENTOS DO DIA 08/07

Milho: A cotação de julho24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -3,77 % ou $ -15,50 cents/bushel a $ 395,75. A cotação para setembro24, fechou em baixa de -4,20 % ou $ -17,25 cents/bushel a $ 393,25.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. A perspectiva de uma boa safra nos EUA e o rápido avanço da colheita no Brasil pressionaram a cotação. Segundo uma empresa privada aponta 63% do milho safrinha colhido, ante 23% do mesmo período no ano passado. O mercado já começa a ajustar posições, apostando em um relatório mensal de oferta e demanda do USDA baixista para o milho.

Os bons dados das inspeções para embarques ao exterior, 23% maiores que os da semana anterior e uma venda avulsa de 135.636 toneladas informados pelo USDA não foram capazes de conter a forte queda do dia.

B3: Com bons avanços no campo e pressão do cenário internacional, milho abre a semana em queda.

Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa nesta segunda-feira (08). O cenário internacional impactou fortemente nas quedas, e renovou, na tarde do dia de hoje, a mínima de quatro anos. As desvalorizações chegaram a até 17,25 pontos no contrato setembro/24, onde acredita-se que o clima deve melhorar ainda mais as condições de lavouras americanas, que já estão tidas como excepcionais por diversos analistas.

Também, no cenário nacional, mais notícias ligadas ao rápido avanço de colheita, que já ultrapassa neste momento os 60% colhidos, somaram à pressão dos contratos.

OS FECHAMENTOS DO DIA 08/07

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento de julho/24 foi de R$ 55,77, apresentando baixa de R$ 0,15 no dia, baixa de R$ 0,90 na semana; setembro/24 fechou a R$ 57,89, alta de R$ 0,04 no dia, baixa de R$ 0,98 na semana; o vencimento novembro/24 fechou a R$ 61,80, baixa de R$ 0,06 no dia e baixa de R$ 0,90 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA PODERIA SE ABASTECER APENAS NO BRASIL, ARGENTINA E UCRÂNIA E ABANDONAR EUA

As importações totais de milho da China estão previstas para 23 milhões de toneladas para esta temporada, segundo o último relatório do USDA. Ocorre que, com o término das negociações entre a China e a Argentina começaram a voltar ao bom caminho para desbloquear a questão pendente do milho.

Com a entrada do milho argentino na China, a nação asiática tem condições (num eventual boicote Trump?), de deixar de comprar cereal de origem americana, já que poderia ser abastecida exclusivamente com grãos sul-americanos e ucranianos. Nesse cenário, o milho norte-americano seria relegado na matriz do comércio internacional para começar a registrar um preço mais baixo, com fortes quedas nas cotações da CBOT.

EUA-TEMPESTADE TROPICAL PODE COMPLICAR ÁREA DO GOLFO

Tempestade tropical que, depois de atingir hoje a costa, provoca inundações e complicações graves na área do Golfo, principal via de escoamento dos grãos dos EUA. Se fosse apenas chuva, a passagem da tempestade do sul para o nordeste dos Estados Unidos levaria umidade para uma região que dela necessita.

EXPECTATIVA USDA JULHO

Por outro lado, o relatório mensal que o USDA publicará na sexta-feira começa a influenciar o mercado, onde se preveem números baixistas para o milho norte-americano, após os recentes relatórios de áreas plantadas e estoques trimestrais.

BRASIL-COLHEITA DA SAFRA ACELERADA

O rápido progresso da safrinha no Brasil contribui para o tom de baixa. Nesse sentido, a consultoria AgRural informou o avanço da segunda colheita brasileira de milho em 63% da área apta no Centro-Sul do Brasil, ante 49% na semana anterior e 26% na mesma época em 2023. “Com clima seco e mais quente que o normal, a perda de umidade dos grãos é mais acelerada e impulsiona a colheita, que continua liderada por Mato Grosso e Paraná”, explica a empresa.

EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS MAIORES

No seu trabalho semanal de fiscalização dos embarques norte-americanos, o USDA reportou embarques de milho de 1.023.905 toneladas, acima das 831.195 toneladas do relatório anterior e perto do máximo previsto pelas empresas privadas, num intervalo que ia de 600 mil a 1.100 mil. toneladas.

EUA-SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE MILHO

O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, uma leve melhora na qualidade do milho no comparativo semanal. O milho manteve em 9% as condições pobre ou muito pobre, como na semana anterior e abaixo dos 14% do ano anterior. Caiu para 23% em condições razoáveis, ante 23% da semana passada e 31% do ano anterior. Já o milho em boas ou excelentes condições está em 68%, ante 67% da semana anterior e 55% do ano anterior.

O relatório do USDA ainda divulgou o cereal que está formado as espigas. 24% das lavouras estão nesse estágio, ante 11% da semana anterior, 18% do ano anterior e acima dos 14% da média histórica. O milho enchendo grãos está em 3%, ante 2% do ano anterior e da média histórica.

Fonte: T&F Agroeconômica



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